Publicado 15/09/2022 13:20
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), chancela seu apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência da República em “um grande encontro” na quadra da Portela no dia 25 de setembro.
O prefeito já havia dado sinais de apoio ao ex-presidente, mas esta será a primeira vez que os dois aparecerão juntos em campanha política. No final de agosto, Paes encontrou com Lula em um hotel em Copacabana, na Zona Sul da cidade. Em julho deste ano, o prefeito já havia declarado seu voto no petista, em um encontro com integrantes do PT em Maricá, na região metropolitana do Rio.
De início, o Partido Social Democrático ensaiou a candidatura de Rodrigo Pacheco – senador pelo estado de Minas Gerais – à Presidência, mas como não se concretizou, o PSD ficou neutro na corrida nacional.
Nas eleições para governador do Rio de Janeiro, Paes apoia a candidatura de Rodrigo Neves (PDT) e é padrinho político do postulante à vice, o advogado e ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz (PDT).
Eduardo Paes e Bolsonaro
A relação de Eduardo Paes e Jair Bolsonaro não é uma das melhores. O prefeito carioca já fez inúmeras críticas às atitudes do atual presidente. Em entrevista ao O Globo no início deste ano, Paes disse que se sentia “confortável na posição de maltratado” pelo governo de Bolsonaro.
“Esse governo Bolsonaro é muito ideológico e partidário. Ou você é capacho ou é meio maltratado. Mas estou confortável na minha posição de maltratado. A mim não tem problema. Só não maltrate a minha cidade. A gente tem que ser republicano nessas horas. Tem de tratar bem todos os níveis de governo, independentemente da posição eleitoral”, declarou.
Outra polêmica envolvendo os dois governantes aconteceu durante a pandemia da Covid-19. Em setembro do ano passado, Bolsonaro criticou Paes por exigir dos professores da prefeitura a vacina contra a doença. Em sua live semanal, o presidente chamou a atitude de “projeto de ditador”. O prefeito carioca, então, rebateu dizendo "nós não dialogamos com a morte, como parece fazer o presidente da República permanentemente desde que a pandemia começou".
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