Publicado 28/09/2022 15:13
Brasília - Fardado com uma camiseta com a inscrição "Bolsochelle", o presidente Jair Bolsonaro (PL) saiu em defesa da mulher, Michelle Bolsonaro, e subiu o tom contra Alexandre de Moraes. Durante a live de terça-feira, 27, o candidato à reeleição criticou a autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) para quebra de sigilo do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid. O assessor do presidente e suspeito de realizar movimentações financeiras para cobrir despesas da primeira-dama e de outros membros da família Bolsonaro.
"Alexandre, você mexer comigo é uma coisa. Você mexer com a minha esposa, você ultrapassou todos os limites, Alexandre de Moraes. Todos os limites. Tu tá pensando o que da vida, que você pode tudo e tudo bem? Você um dia vai dar uma canetada e me prender? É isso que passa pela tua cabeça? É uma covardia", bradou Bolsonaro, irritado.
Moraes atendeu ao pedido da Polícia Federal para abrir investigação pela movimentação suspeita. A Procuradoria-Geral da República não concordou com a ação, bancada pelo ministro do STF. Com uma série de "derrotas" na corte, assim como no Tribunal Superior Eleitoral, presidido por Moraes, Bolsonaro o chamou de vil.
"Alexandre, vou fazer um pedido pra você, se é que você merece que eu faça um pedido: esqueça a minha esposa. Esqueça a minha esposa! Isso é comportamento de pessoas vis", concluiu o presidente.
A investigação foi revelada pelo jornal "Folha de S.Paulo", após a PF identificar suspeitas trocas de mensagens sobre transações financeiras no telefone de Cid. A corporação descobriu áudios, mensagens de texto e fotos do principal ajudante de ordens do presidente com outros funcionários, que indicam depósitos e saques em dinheiro. Algumas operações teriam beneficiado contas como a da primeira-dama.
"Alexandre, vou fazer um pedido pra você, se é que você merece que eu faça um pedido: esqueça a minha esposa. Esqueça a minha esposa! Isso é comportamento de pessoas vis", concluiu o presidente.
A investigação foi revelada pelo jornal "Folha de S.Paulo", após a PF identificar suspeitas trocas de mensagens sobre transações financeiras no telefone de Cid. A corporação descobriu áudios, mensagens de texto e fotos do principal ajudante de ordens do presidente com outros funcionários, que indicam depósitos e saques em dinheiro. Algumas operações teriam beneficiado contas como a da primeira-dama.
Em sua defesa, Bolsonaro revelou que o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid é responsável por cuidar de questões pessoais dele e da primeira-dama e que os gastos de Michelle seriam de aproximadamente R$ 12 mil por mês.
"O senhor Alexandre de Moraes botou o Cid no inquérito das fake news, quebrou o sigilo telemático dele. Então tá lá as conversas com zap, do Cid com a minha esposa, a primeira-dama, do Cid comigo, do Cid com os demais ajudantes de ordem. Daí a Folha faz a matéria: ‘movimentação atípica do ajudante de ordem pra pagar conta da família’. Bota o valor total aí. Já tá errado porque o Alexandre de Moraes vazou... não vem com papinho de que foi a PF, não, porque esse pessoal come na tua mão. Foi você que vazou. Pra quê? Na reta final, criar um clima", acusou o presidente.
A assessoria de imprensa da Presidência afirmou à Folha que Bolsonaro nunca utilizou o cartão corporativo e negou as movimentações suspeitas. “Todos os recursos não têm origem no suprimento de fundos [cartão corporativo]”. “O presidente nunca sacou um só centavo desse cartão corporativo pessoal”.
Sobre as transações do tenente-coronel, a assessoria justificou que não eram feitas transferências e sim saques por segurança.
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A assessoria de imprensa da Presidência afirmou à Folha que Bolsonaro nunca utilizou o cartão corporativo e negou as movimentações suspeitas. “Todos os recursos não têm origem no suprimento de fundos [cartão corporativo]”. “O presidente nunca sacou um só centavo desse cartão corporativo pessoal”.
Sobre as transações do tenente-coronel, a assessoria justificou que não eram feitas transferências e sim saques por segurança.
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