Moro diz que será 'detector de mentiras de Lula' no debate da GloboMarcelo Camargo/Agência Brasil
Publicado 29/09/2022 17:40
O ex-ministro e candidato ao Senado do Paraná Sérgio Moro (União Brasil) afirmou na manhã desta quinta-feira, 29, em seu perfil no Twitter, que irá acompanhar o debate presidencial da Globo e atuará como o "detector de mentiras de Lula".
"A cada mentira do Lula, estarei aqui pra trazer a verdade. Tenho experiência", ironizou o ex-juiz, que também questionou como o petista lidaria com as perguntas sobre corrupção em seu governo. Nas respostas da postagem, o deputado federal André Janones (Avante) provocou o ex-ministro dizendo que ele deveria "era tá fazendo curriculum".
Não é a primeira vez que Moro adota um tom irônico para falar sobre Lula. Quando o ex-presidente foi sabatinado no Jornal Nacional, o ex-ministro afirmou em suas redes sociais que esperava perguntas firmes sobre "Mensalão, Petrolão, tríplex e Atibaia". "Se precisarem de ajuda, sou voluntário. Tenho experiência", disse.
Juiz responsável pela Operação Lava Jato, foi Moro quem condenou o ex-presidente à cadeia nos casos do tríplex do Guarujá e do sítio em Atibaia. O condenação do petista, no entanto, acabou sendo anulada pelo STF, que entendeu que o julgamento realizado por Moro foi parcial, declarando assim a suspeição do magistrado
Postulante ao Senado
Moro tinha ambições de concorrer à presidência do País em 2022 e chegou a se filiar ao Podemos, em um primeiro momento, e ao União Brasil, depois, com esse intuito. Ele, no entanto, saiu como candidato a uma vaga ao Senado pelo Paraná.
Em uma disputa acirrada contra seu padrinho político, Álvaro Dias (Podemos), Moro vem se reaproximando de Jair Bolsonaro (PL) Apesar de ter sido demitido do Ministério da Justiça e ter acusado o presidente de ter interferido na Polícia Federal, o ex-ministro passou a vincular à figura de Bolsonaro com a sua própria imagem na campanha.
Santinhos do ex-ministro foram distribuídos com a imagem do presidente e as redes sociais de Moro publicaram vídeos que declaravam apoio à Bolsonaro.
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