Publicado 02/10/2022 16:21
Rio - O juiz eleitoral Wilton Müller Salomão determinou, neste domingo, a suspensão da venda e propaganda da "picanha mito", em alusão ao presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), a R$ 22, pelo Frigorífico Goiás, em Goiânia. Além disso, o magistrado definiu uma multa de R$ 10 mil por hora caso o estabelecimento descumpra a determinação. A promoção da carne, que antes era vendida a R$ 129,99, causou o maior tumulto no estabelecimento. Portas e vidros foram quebrados devido a quantidade de pessoas que empurravam.
"A venda de carne nobre em preço manifestamente inferior ao praticado no mercado revela indícios suficientes para caracterizar conduta possivelmente abusiva do poder econômico em detrimento da legitimidade e isonomia do processo eleitoral", afirmou Wilton Müller Salomão na decisão.
O frigorífico anunciou a promoção da picanha nas redes sociais neste sábado. A propaganda ainda contava com a imagem de Bolsonaro e uma embalagem personalidade em referência ao presidente. "Domingão, dia 2 de outubro, 'picanha mito' a R$22 por quilo. Limite de duas peças por cliente. Promoção válida para unidades de Goiânia, e para quem estiver com a camiseta do Brasil", informava a legenda. Através dos comentários, Michelle Bolsonaro, esposa do candidato à reeleição, reagiu: "Muito patriota".
Após a propaganda, a coligação dos partidos PT, PCdoB, PV e PSB entrou com ação solicitando a retirada da promoção até o final do pleito e a remoção da propaganda nas redes sociais, alegando que a propaganda poderia influenciar na escolha dos eleitores na votação. O juiz Wilton Müller Salomão concedeu o pedido de tutela provisória de urgência.
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