O Governador Claudio Castro votou na manhã deste domingo (02), na Escola Municipal Golda Meir, na Barra da Tijuca, acompanhado da famíliaReginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Publicado 02/10/2022 20:47 | Atualizado 02/10/2022 23:20
Rio - Reeleito com 58,66% dos votos após 99,91% das urnas apuradas, o governador do Rio Cládio Castro falou sobre segurança e geração de empregos em coletiva de imprensa depois das eleições. Nas votações, o principal concorrete de Castro, Marcelo Freixo (PSB) ficou com 27,39%, enquanto Rodrigo Neves (PDT) obtém 8%, seguido de Paulo Ganime (Novo) com 5,32% votos.
"O que muda é o processo de evolução do que estamos fazendo. Nossa política de segurança não pode ser vista rapidamente, mas nós tínhamos o pior salário do Brasil e hoje somos o terceiro melhor, tínhamos uma estrutura péssima. estou melhorando, já chegaram novas viaturas, coletes, tô reabrindo IMLs, centro de imagens. Além disso tem o programa do Segurança Presente que já tem 42 bases, junto com a Cidade Integrada, que é um sonho da política pública, para que a gente lá como nós fizemos, reabrindo Faetec, reformando escolas, voltando projetos de juventude e de idosos, não entrar na favela só dando tiro, vamos reorganizar a segurança pública. Somos o menor homicídio culposo da série histórica, vamos reabrir concursos como já fizemos com a PM. Foram só dois anos de governos e já evoluímos e agora vamos evoluir muito mais", disse.
Em relação a geração de empregos, Castro informou que pretende atrair empresas para o estado com a redução da taxa tributária.
"Reduzimos impostos de bares e restaurantes e em seguida reduzimos do arroz, feijão. São processos de redução de taxa tributária visando atrair empresas. Estamos em regime de recuperação fiscal, devemos adequar nosso orçamento e junto sobretudo com a cadeia produtiva, comércio, indústria para que possamos fazer mais reduções para que atraia novos negócios e gere mais empregos", disse.
De acordo com a assessoria do governador, o Candidato Marcelo Freixo (PSB), que ficou em segundo lugar nas votações, ligou para Castro o parabenizando pelo resultado das eleições. Nas redes sociais, o governador agradeceu a confiança dos eleitores.
Castro assumiu interinamente o governo do estado do Rio de Janeiro em 28 de agosto de 2020 devido ao afastamento do titular Wilson Witzel. No entanto, após o impeachment de Witzel, ele assumiu o governo definitivamente, em 1º de maio de 2021.

Witzel ainda tentou se candidatar novamente para governador durante este ano mas foi impedido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Ele é réu por corrupção e lavagem de dinheiro acusado de participar de esquemas de corrupção na área da saúde. A defesa do ex-governador, no entanto, alegou ao Tribunal Misto que as acusações são fruto de perseguição política e disse ao Supremo Tribunal Federal (STF) que as regras do processo foram “inventadas”.

O atual governador votou neste domingo (2) na Escola Municipal Golda Meir, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Ele foi acompanhado de seus filhos João Pedro e Maria Eduarda, a mulher Analine Castro, assessores e o vice Thiago Pampolha (União). Ainda na entrada, Castro foi recebido com gritos de "mito" e palmas por parte de apoiadores. Já os eleitores contrários a sua reeleição o vaiaram.

Após a votação, ele fez uma análise de seu governo e ressaltou que as contas do Estado estão em dia, que há empregos sendo gerados e polifônicas sociais sendo retomadas. "Não tenho dúvidas de que a população me abraçou. Hoje será um grande dia, dia da democracia. Demonstramos que conseguimos fazer pelo rio e vamos continuar cuidando das pessoas. Erros sempre vão acontecer, mas esse é um governo do diálogo”, afirmou.

O candidato se manteve na liderança da última pesquisa Datafolha para o 1º turno, com 44% na disputa pelo Palácio de Guanabara. Em segundo lugar aparecia Marcelo Freixo (PSB), com 31% das intenções de voto. A pesquisa foi divulgada nesta quinta-feira, dia 29. Com margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou menos, o cálculo exclui os entrevistados que declararam votar nulo (10%) ou indecisos (9%).

Propostas

Último entrevistado para a série de sabatinas do O Dia, o governador Cláudio Castro (PL) disse que, se reeleito, pretende gerar 1 milhão de empregos nos próximos quatro anos. Segundo Castro, o maior desafio durante o período em que esteve à frente do Executivo foi a pandemia da Covid e a crise econômica. Diante dos problemas no Ceperj e das críticas relacionadas a sua política de segurança, o governador garante que o Rio de Janeiro melhorou, com a criação de empregos e os investimentos na área da Saúde, Educação e Segurança Pública.

Governadores presos

O Rio de Janeiro tem um histórico de governadores presos. Ao todo, dos últimos 10 chefes de governo do Rio, cinco foram presos. Dentre eles estão Moreira Franco, Rosinha Garotinho e Anthony Garotinho, Luiz Fernando Pezão e Sérgio Cabral.

Moreira Franco (MDB) foi preso em 2019, mais de 30 anos depois de ter assumido o governo do Rio. Ele foi alvo da Lava-jato, na mesma operação que também levou o ex-presidente Michel Temer (MDB) à prisão.

O casal Anthony e Rosinha Garotinho, do União Brasil, foram presos juntos acusados de superfaturamento em contratos da prefeitura de Campos dos Goytacazes. Apesar disso, eles negam as acusações. Já Luís Fernando Pezão, que foi condenado a 98 anos de prisão em um desdobramento também da Lava-jato, chegou a usar tornozeleira eletrônica quando saiu da cadeia, mas conseguiu se livrar do aparelho de monitoramento.

Apenas Sérgio Cabral, que como Pezão foi eleito pelo MDB, continua preso. O filho dele, Marco Antônio Cabral (MDB), se candidatou a deputado federal na chapa de Castro. Também compõe a chapa de Castro a filha de Rosinha e Anthony, Clarissa Garotinho, candidata ao Senado Federal. Os demais governadores que foram presos respondem em liberdade.

Leia mais