Publicado 04/10/2022 10:39
Após o resultados das urnas que levaram os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) para o segundo turno das eleições de 2022, presidentes dos demais partidos que disputaram a Presidência da República começam a se posicionar.
À frente do Cidadania, partido que apoiou a candidata Simone Tebet (MDB), que terminou em terceiro lugar na corrida presidencial, Roberto Freire emitiu nesta terça-feira, 4, uma nota oficial em que declarou apoio a Lula.
“Como presidente nacional do Cidadania, saúdo o processo democrático que culminou na ida de Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro para o 2º turno das eleições presidenciais, que ocorreram de forma pacífica. Contra a descrença de muitos, nossa candidata, Simone Tebet, cumpriu o papel de discutir o Brasil e as soluções para os problemas que afligem os brasileiros: fome, desemprego, inflação alta, estagnação econômica, entre outros. Simone emerge como uma liderança nacional que terá voz ativa e participação nos processos decisórios que terão desenlace a partir desta terça-feira e se aprofundarão a partir de 31 de outubro de 2022. A Justiça Eleitoral e nossas instituições saem fortalecidas. Informo ainda que encaminhei à Executiva Nacional, que se reúne nesta terça-feira, às 12h00, posicionamento a favor de que o partido declare apoio a Lula no 2º turno”, informava a nota.
O Partido Novo, que sustentou a candidatura própria de Felipe D’Ávila, também emitiu um comunicado em que lamentava a manutenção da polarização entre Lula e Bolsonaro e liberando os políticos e seguidores do partido a votarem “de acordo com sua consciência e com os valores e princípios partidários”.
“O NOVO trabalhou muito para oferecer aos brasileiros uma alternativa presidencial contra a polarização entre Lula e Bolsonaro, mas infelizmente sem sucesso. Diante do cenário eleitoral do segundo turno, o partido se vê na obrigação de reforçar seu posicionamento institucional histórico, totalmente contrário ao PT, ao lulismo e a tudo o que eles representam, e libera seus filiados, dirigentes e mandatários, para declararem seus votos e manifestarem seu apoio de acordo com sua consciência e com os valores e princípios partidários. Seguiremos trabalhando para oferecer as melhores alternativas aos eleitores e construir um Brasil melhor para todos”, dizia a nota.
Em quarto lugar nas eleições, o pedetista Ciro Gomes ainda não declarou seu apoio a nenhum dos dois candidatos. Apesar de seu histórico de esquerda e de já ter sido ministro no governo Lula, Ciro rompeu com o PT e, em sua campanha para o pleito de 2022, dedicou grande parte de seu tempo a atacar o ex-presidente.
Em um rápido pronunciamento após a divulgação do resultado da apuração dos votos, Ciro declarou estar profundamente preocupado com os rumos da política no país.
"Estou profundamente preocupado com o que eu estou assistindo no Brasil. Tenho 42 anos de vida pública e nunca vi uma situação tão complexa, desafiadora e ameaçadora à nossa nação. Vou conversar com meu partido para achar o melhor caminho e melhor equilíbrio para o nosso país", disse o pedetista.
Em busca de apoio para fortalecer sua candidatura, o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro se aproximou de Romeu Zema (Novo), reeleito para o governo de Minas Gerais. Após uma reunião com o presidente no Palácio da Alvorada, Zema anunciou nesta terça-feira, 4, que apoiará Bolsonaro no segundo turno.
"Momento em que o Brasil precisa caminhar pra frente. Acredito muito mais na proposta do presidente Bolsonaro do que na proposta do adversário", afirmou Zema.
Segundo o governador reeleito, o governo petista de Fernando Pimentel, seu antecessor no cargo, causou uma verdadeira “tragédia” em Minas Gerais e esse foi um dos motivos que o levou a Brasília para declarar apoio ao candidato do PL no segundo turno da disputa presidencial.
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