Publicado 07/10/2022 12:46
Em caminhada pelo setor comercial de Guarulhos, cidade da Grande São Paulo, o candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta sexta-feira, 7, a pressão, noticiada pela imprensa, do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) sobre a Petrobras. "Ele está brigando com a Petrobras para que não aumente a gasolina até 30 de outubro", afirmou o petista, em cima de um carro de som. "Ele está utilizando a eleição para fazer tudo aquilo que ele deveria ter feito antes das eleições".
Dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) divulgados nesta sexta mostram que a gasolina deveria ter um reajuste de R$ 0,32 por litro e o diesel de R$ 0,62 por litro nas refinarias brasileiras para compensarem as defasagens em relação ao mercado internacional
Ao lado de seu candidato a governador paulista, Fernando Haddad (PT), Lula criticou o ministro da Economia, Paulo Guedes, pela recente fala em que defendeu a possibilidade de privatizar praias. Para o petista, o ministro quer expulsar os pobres das zonas de lazer com a medida.
Com um discurso voltado à economia, Lula prometeu a inclusão do gás de cozinha na cesta básica e voltou a prometer a redução do preço da gasolina. "O povo não pode pagar gasolina e pedágio a preço de ouro", declarou o candidato.
Haddad tomou a palavra e para se contrapor ao seu adversário no segundo turno, o bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos) "Não vamos deixar fascista entrar em São Paulo, nem milícia do Rio de Janeiro", disparou o ex-prefeito da capital paulista. "O Tarcísio nem sabe o que é USP, Unesp e Unicamp", acrescentou, para reforçar a imagem de "forasteiro" do ex-ministro da Infraestrutura, nascido no Rio de Janeiro.
Aborto
Com a pauta de costumes novamente na disputa eleitoral, Lula reafirmou nesta sexta-feira ser contrário ao aborto, mas ponderou que a mulher tem "supremacia" sobre seu corpo. "Sou contra o aborto, sou pai de cinco filhos, avô de oito netos, bisavô de uma bisneta. Sou contra o aborto e muitas vezes quem tem que decidir o aborto ou não é quem está grávida. É a mulher quem tem mais poder de dizer se quer ou não quer. A lei existe e a lei diz como pode acontecer ou não. Não é papel do presidente da República", afirmou Lula à imprensa. "A mulher tem supremacia sobre seu corpo", acrescentou.
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