41% consideram a gestão de Bolsonaro ruim ou péssima, contra 45% na última pesquisaSergio Lima/AFP
Publicado 08/10/2022 19:28 | Atualizado 08/10/2022 19:32
O Auxílio Brasil, de R$ 600, mais outros benefícios anunciados às vésperas da eleição, começam a fazer efeitos na rejeição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo o Datafolha, 31% dos eleitores que recebem o benefício consideram o atual governo ótimo ou bom, ante 27% na semana passada, no final do primeiro turno. 
O índice de rejeição atingiu o menor patamar da série, mesmo assim, ainda é maior do que a aprovação do presidente. São 41% os que consideram a gestão de Bolsonaro ruim ou péssima — eram 45% na última pesquisa. Já os que a classificam como regular somam 28% (eram 27%).
Ao todo, 24% dos eleitores brasileiros disseram receber ou morar com algum beneficiário do Auxílio Brasil. No levantamento da semana anterior, eram 28%. Realizada de quarta-feira (5), a sexta (7), a pesquisa tem margem de erro de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O instituto ouviu 2.884 eleitores em 179 municípios, num levantamento contratado pela Folha e pela TV Globo e registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-02012/2022.
Entre um turno e outro, Bolsonaro anunciou 13º para beneficiárias do programa a partir de 2023, apesar de não ter clara a fonte dos recursos. Além disso, ampliou o número de beneficiários em mais de 450 mil famílias. Para o ano que vem, o Orçamento prevê o benefício pagando R$ 405. Ainda assim, segundo a pesquisa, o eleitor vê Bolsonaro como o mais capaz para manter o benefício no patamar de R$ 600 — 48% o indicam como mais preparado, contra 43% que apontam Lula.
Segundo o Datafolha, a confiança no presidente também cresceu entre quem recebe o dinheiro do Auxílio: 24% dizem confiar sempre no que o presidente diz — na última pesquisa a taxa era de 18%. Apesar da melhora nos índices para Bolsonaro, Lula ainda lidera entre os mais pobres: 56% dos eleitores desse grupo dizem que votariam no candidato petista, enquanto 37% escolheriam Bolsonaro.
Os que pretendem anular ou votar em branco representam 5%; os indecisos 2%. Entre esses eleitores, a certeza de voto atinge 92%, mostrando consolidação nos votos em sua maioria para Lula. Na última pesquisa, feita antes do primeiro turno, 64% dos eleitores que recebem Auxílio Brasil diziam votar em Lula e 30% em Bolsonaro.
Nesta sexta-feira, 7, o Datafolha mostrou o ex-presidente Lula na liderança da corrida presidencial do segundo turno das eleições 2022, com 49% das intenções de voto. O atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL), marca 44% das intenções de voto.
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