Tarcísio de Freitas (Republicanos) no debate promovido pela Band para o 2º turno do governo de São PauloReprodução / Youtube
Publicado 11/10/2022 12:57

A equipe de Tarcísio de Freitas (Republicanos) se surpreendeu com o debate para o governo de São Paulo promovido pela Band na última segunda-feira (10). A campanha considerou positivo o enfrentamento propositivo de ideias, o que deu maior conforto para o ex-ministro da Infraestrutura. Por outro lado, houve insatisfação com a nacionalização da discussão sobre as eleições 2022.
A campanha esperava que Fernando Haddad (PT) fosse ao ataque contra Tarcísio, o que permitiria que o candidato se colocasse numa posição de “equilíbrio” e deixasse claro ao eleito que havia um desespero por parte do petista. No entanto, para surpresa de todos, o ex-prefeito de São Paulo optou por debater temas de maneira pacífica.
A postura foi vista como positiva, porque permitiu que o ex-ministro da Infraestrutura se aprofundasse no seu plano de governo. “A imagem de gestor ficou muito clara para o eleitor. Quando o Tarcísio foi escolhido para ser o representante do presidente Bolsonaro no estado, nós queríamos alguém com o perfil de gestor”, explica um dos aliados de Jair Bolsonaro (PL).
A campanha identificou uma melhora na postura do candidato do Republicanos na frente das câmeras. Nos primeiros debates e entrevistas, Freitas foi criticado internamente por não ser “solto” e tentar usar discursos de bolsonaristas mais radicais.
“A ideia de pedir para as pessoas pesquisarem quem foi o ‘pior prefeito da história de São Paulo’ [provocação contra Fernando Haddad] no primeiro debate foi ruim, porque não soou natural. Agora quando ele fala de questões técnicas, a coisa flui”, diz uns dos coordenadores da campanha.

Os pontos negativos de Tarcísio

Apesar dos elogios, a equipe apontou alguns problemas que ocorreram no debate. O mais grave, na avaliação da campanha, foi permitir que Haddad nacionalizasse a discussão. O grupo bolsonarista acredita que o petista não acredita mais na vitória e agora trabalhará a favor apenas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ao levar o debate para a esfera federal, Haddad conseguiu encurralar Tarcísio. Um dos momentos mais lamentados foi o embate sobre o orçamento secreto. “Ali foi péssimo. Assumir que o governo Bolsonaro tirou dinheiro da Farmácia Popular e das escolas para o orçamento secreto não foi inteligente”, afirma um dos coordenadores.
A equipe trabalhará para fazer com que Tarcísio não deixe o petista levar a discussão para a questão nacional. “O debate tem que ser sobre São Paulo”, conclui o aliado de Tarcísio.
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