Publicado 11/10/2022 14:18
A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu uma nota, nesta terça-feira (11), e, em tom de reprovação, lamentou a "intensificação da exploração da fé e da religião como caminho para angariar votos no segundo turno" das eleições 2022, uma aposta usada nas campanhas e por apoiadores dos dois concorrentes ao Planalto: Lula e Jair Bolsonaro.
No comunicado, a entidade escreveu que a "manipulação religiosa" tira o foco dos reais problemas do Brasil que precisam ser discutidos pelos candidatos que disputam o pleito, sem citar o nome de nenhum político.
"A CNBB condena, veementemente, o uso da religião por todo e qualquer candidato como ferramenta de sua campanha eleitoral", afirmou.
Segundo a confederação, momentos especificamente religiosos não podem ser usados pelos candidatos para apresentarem suas propostas de campanha ou qualquer outro assunto relacionado às eleições. Na sexta-feira, 7, a arquidiocese de Belém divulgou, em nota, que não convidou o presidente Jair Bolsonaro (PL) para participar do Círio de Nazaré, uma das maiores celebrações religiosas e populares do país.
No comunicado, a entidade escreveu que a "manipulação religiosa" tira o foco dos reais problemas do Brasil que precisam ser discutidos pelos candidatos que disputam o pleito, sem citar o nome de nenhum político.
"A CNBB condena, veementemente, o uso da religião por todo e qualquer candidato como ferramenta de sua campanha eleitoral", afirmou.
Segundo a confederação, momentos especificamente religiosos não podem ser usados pelos candidatos para apresentarem suas propostas de campanha ou qualquer outro assunto relacionado às eleições. Na sexta-feira, 7, a arquidiocese de Belém divulgou, em nota, que não convidou o presidente Jair Bolsonaro (PL) para participar do Círio de Nazaré, uma das maiores celebrações religiosas e populares do país.
Luiz Inácio Lula da Silva declinou o convite de Helder Barbalho, governador reeleito no Pará, com quase 70% dos votos, mas sua mulher, Rosângela da Silva, a Janja, prestigiou a comemoração à Rainha da Amazônia. Após o alerta da arquidiocese de Belém e da repercussão negativa de possível uso político do evento, Bolsonaro não se manifestou na capital paraense.
O Santuário de Aparecida confirmou a visita do presidente da República no Feriado de Nossa Senhora de Aparecida, celebrado nesta quarta-feira, 12. No entanto, em nota assinada pelo arcebispo Dom Orlando Brandes, diz esperar que rotina de fiéis não seja impactada. Bolsonaro acompanhará uma das sete missas agendadas e tem previsão de participar em um terço fora do Santuário e sem a supervisão do arcebispo.
No mês passado, antes do primeiro turno, a CNBB já havia publicado uma carta criticando políticos e religiosos que estão usando a fé para manipular as pessoas. A entidade também se colocou contra a propagação de fake news e os ataques à democracia.
"Lamentamos, neste momento de campanha eleitoral, a intensificação da exploração da fé e da religião como caminho para angariar votos no segundo turno. Momentos especificamente religiosos não podem ser usados por candidatos para apresentarem suas propostas de campanha e demais assuntos relacionados às eleições. Desse modo, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lamenta e reprova tais ações e comportamentos.
A manipulação religiosa sempre desvirtua os valores do Evangelho e tira o foco dos reais problemas que necessitam ser debatidos e enfrentados em nosso Brasil. É fundamental um compromisso autêntico com a verdade e com o Evangelho.
Ratificamos que a CNBB condena, veementemente, o uso da religião por todo e qualquer candidato como ferramenta de sua campanha eleitoral. Convocamos todos os cidadãos e cidadãs, na liberdade de sua consciência e compromisso com o bem comum, a fazerem deste momento oportunidade de reflexão e proposição de ações que foquem na dignidade da pessoa humana e na busca por um país mais justo, fraterno e solidário."
"Lamentamos, neste momento de campanha eleitoral, a intensificação da exploração da fé e da religião como caminho para angariar votos no segundo turno. Momentos especificamente religiosos não podem ser usados por candidatos para apresentarem suas propostas de campanha e demais assuntos relacionados às eleições. Desse modo, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lamenta e reprova tais ações e comportamentos.
A manipulação religiosa sempre desvirtua os valores do Evangelho e tira o foco dos reais problemas que necessitam ser debatidos e enfrentados em nosso Brasil. É fundamental um compromisso autêntico com a verdade e com o Evangelho.
Ratificamos que a CNBB condena, veementemente, o uso da religião por todo e qualquer candidato como ferramenta de sua campanha eleitoral. Convocamos todos os cidadãos e cidadãs, na liberdade de sua consciência e compromisso com o bem comum, a fazerem deste momento oportunidade de reflexão e proposição de ações que foquem na dignidade da pessoa humana e na busca por um país mais justo, fraterno e solidário."
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