Publicado 12/10/2022 19:09
São Paulo - Nesta quarta-feira (12), o presidente Jair Bolsonaro (PL) visitou o Santuário Nacional de Aparecida (SP) para celebrar o Dia de Nossa Senhora Aparecida. A chegada do chefe do executivo federal foi marcada por aplausos de um grupo de fiéis presentes no local. Porém, houve também uma ala que vaiasse a presença dele.
Bolsonaro chegou durante o ensaio dos cânticos dos fiéis, um pouco antes do começo da missa das 14h. A comitiva contou com a presença do candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), Marcelo Queiroga e Marcos Pontes (PL).
Algumas pessoas que participavam da celebração tentaram puxar gritos de “mito”, o que incomodou o padre Eduardo Ribeiro. Ele precisou pedir que a plateia fizesse silêncio para que a missa fosse feita.
Bolsonaro ficou presente no evento religioso até o final e depois deixou Aparecida para voltar a Brasília para seguir os planos para as eleições 2022.
Arcebispo fala da visita de Bolsonaro
O arcebispo de Aparecida Dom Orlando Brandes realizou uma missa na parte da manhã e deu uma entrevista para falar da presença de Bolsonaro na celebração vespertina. Ele declarou que o presidente seria recebido “com todo o respeito”, mas exibiu que as pessoas tenham “identidade religiosa”.
“Eu não posso julgar as pessoas, mas nós precisamos ter uma identidade religiosa. Ou somos evangélicos ou somos católicos”, comentou, mas sem citar nomes.
Bolsonaro é católico, mas se batizou em 2016 pelo pastor Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus. Quando questionado sobre sua religião, o presidente diz que é “cristão”.
As missas feitas por Orlando Brandes estão sendo marcadas por críticas contra governantes. Em 2021, o arcebispo disse que “para ser pátria amada não pode ser pátria armada”. O posicionamento repercutiu em todo país e lideranças de partidos de esquerda elogiaram o padre.
Bolsonaro não gostou da posição e retrucou. Ele comentou que respeitava a opinião do padre, no entanto, falou que apenas “bandidos que tinham arma de fogo” no Brasil. Porém, o chefe do executivo federal preferiu não aumentar a polêmica e falou que o religioso não criticou o armamento no país.
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