Publicado 13/10/2022 09:10
O atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), rebateu, nesta quarta-feira, 12, uma das propagandas de campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — que usa trechos de uma entrevista do mandatário ao The New York Times — e associa ele ao canibalismo. De acordo com Bolsonaro, o material divulgado pelo petista "não tem cabimento".
"Me rotularam de canibal um dia desses aí. Não tem cabimento, até porque canibalismo é crime, pelo que eu sei. Isso é um vídeo [que] tem uns 30 anos atrás numa reserva indígena yanomami, em que o indígena que morria, ele era por 3, 4 dias… o seu corpo era cozinhado. Depois, os indígenas comem isso daí", disse o presidente.
"Tinha uma equipe nossa por coincidência nesse dia lá. E quem fosse lá, que seria todo o grupo ou não, teria que comer ou não parte daquilo como um ritual. […] Não fomos ninguém", acrescentou o mandatário.
Segundo o chefe do Executivo, há um "lado bom" em toda essa situação: "Eles não têm do que me acusar. Não têm como me chamar de corrupto".
TSE ordena retirada do material
"Me rotularam de canibal um dia desses aí. Não tem cabimento, até porque canibalismo é crime, pelo que eu sei. Isso é um vídeo [que] tem uns 30 anos atrás numa reserva indígena yanomami, em que o indígena que morria, ele era por 3, 4 dias… o seu corpo era cozinhado. Depois, os indígenas comem isso daí", disse o presidente.
"Tinha uma equipe nossa por coincidência nesse dia lá. E quem fosse lá, que seria todo o grupo ou não, teria que comer ou não parte daquilo como um ritual. […] Não fomos ninguém", acrescentou o mandatário.
Segundo o chefe do Executivo, há um "lado bom" em toda essa situação: "Eles não têm do que me acusar. Não têm como me chamar de corrupto".
TSE ordena retirada do material
O ministro Paulo de Tarso Sanseverino, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ordenou, no sábado, 8, que a campanha do PT suspendesse a veiculação da propaganda eleitoral que associava o chefe do Executivo ao canibalismo.
"Verifica-se que, como alegado, a propaganda eleitoral impugnada apresenta recorte de determinado trecho de uma entrevista concedida pelo candidato representante, capaz de configurar grave descontextualização", destacou o ministro na decisão.
Durante a propaganda, a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) resgata uma entrevista ao jornal New York Times, de 2016, em que o atual mandatário do país diz que "comeria um índio sem problema nenhum".
No trecho que o PT exibia durante a propaganda eleitoral, Bolsonaro fala de um suposto episódio em que um indígena morreu e teria sido "cozinhado" por outros indígenas. "Morreu um índio, e eles estão cozinhando. Eles cozinham o índio. É a cultura deles".
Após a exibição da campanha, a equipe do presidente pediu ao TSE que a reprodução fosse retirada das plataformas digitais de Lula e que a retransmissão de forma descontextualizada do trecho fosse proibida.
Na ação apresentada, a campanha de Bolsonaro afirma que Lula usou de "grave e intencional descontextualização" como "estratégia publicitária".
O ministro Paulo de Tarso Sanseverino concordou e determinou que a reprodução não seja mais veiculada na TV, em sites e em outras plataformas digitais. Novas divulgações com o mesmo teor também foram proibidas.
O juiz da Corte apontou que "a reportagem se refere a uma experiência específica dentro de uma comunidade indígena, vivida de acordo com os valores e moralidade vigentes nessa sociedade".
Segundo o ministro do TSE, a campanha do ex-presidente altera o "sentido original de sua mensagem, porquanto sugere-se, intencionalmente, a possibilidade de o candidato representante admitir, em qualquer contexto, a possibilidade de consumir carne humana"
"Verifica-se que, como alegado, a propaganda eleitoral impugnada apresenta recorte de determinado trecho de uma entrevista concedida pelo candidato representante, capaz de configurar grave descontextualização", destacou o ministro na decisão.
Durante a propaganda, a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) resgata uma entrevista ao jornal New York Times, de 2016, em que o atual mandatário do país diz que "comeria um índio sem problema nenhum".
No trecho que o PT exibia durante a propaganda eleitoral, Bolsonaro fala de um suposto episódio em que um indígena morreu e teria sido "cozinhado" por outros indígenas. "Morreu um índio, e eles estão cozinhando. Eles cozinham o índio. É a cultura deles".
Após a exibição da campanha, a equipe do presidente pediu ao TSE que a reprodução fosse retirada das plataformas digitais de Lula e que a retransmissão de forma descontextualizada do trecho fosse proibida.
Na ação apresentada, a campanha de Bolsonaro afirma que Lula usou de "grave e intencional descontextualização" como "estratégia publicitária".
O ministro Paulo de Tarso Sanseverino concordou e determinou que a reprodução não seja mais veiculada na TV, em sites e em outras plataformas digitais. Novas divulgações com o mesmo teor também foram proibidas.
O juiz da Corte apontou que "a reportagem se refere a uma experiência específica dentro de uma comunidade indígena, vivida de acordo com os valores e moralidade vigentes nessa sociedade".
Segundo o ministro do TSE, a campanha do ex-presidente altera o "sentido original de sua mensagem, porquanto sugere-se, intencionalmente, a possibilidade de o candidato representante admitir, em qualquer contexto, a possibilidade de consumir carne humana"
Leia mais