Publicado 17/10/2022 17:33
Em declaração, após a agenda em Paraisópolis (SP) ter sido interrompida com tiroteio na manhã desta segunda-feira (17) , o candidato a governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse ter sofrido "intimidação" do "crime organizado" da região. De acordo com ele, no entanto, foi uma "questão territorial", sem qualquer relação com política ou com as eleições .
"Na minha opinião, foi um ato de intimidação. Foi um recado claro do crime organizado dizendo o seguinte 'vocês não são bem-vindos aqui, a gente não quer vocês aqui'. Para mim, é uma questão territorial, não tem nada a ver com uma questão política ou eleitoral, mas uma questão territorial, que acontece em favelas e comunidades do estado de São Paulo ", afirmou à imprensa na tarde de hoje.
Tarcísio também afirmou que uma pessoa que estava no local junto à sua equipe, cuja identidade não foi revelada, teria dito que eles precisavam tirar o candidato do Polo Universitário, já que "o problema era ele".
"A primeira impressão que eu tive é 'acho que é algo para intimidar', para dizer 'olha, vocês não são bem-vindos aqui'. Mas achei que fosse ficar nisso. Continuamos normalmente na atividade, conversando, como estávamos fazendo", comentou.
"Mais tarde, a gente começou a ver mais tiros e gritaria. O pessoal começou a gritar 'abaixa, abaixa, abaixa, vão atirar aqui', até o momento em que uma pessoa entra e diz 'tem que tirar ele daqui que o problema é ele, tem que dar um jeito de tirar ele daqui, estão dizendo que vão entrar aqui'. E aí houve uma troca de tiros, até o momento que a minha equipe entra e diz 'olha, conseguimos estabelecer a segurança para você sair'", continuou.
Depois disso, de acordo com o ex-ministro do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) , ele, a equipe e profissionais da imprensa conseguiram embarcar em uma van e sair de lá.
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