Publicado 20/10/2022 14:14
Rio- O candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), quer manter a base do PSDB no estado caso vença as eleições 2022. O ex-ministro da Infraestrutura não quer fazer uma mudança radical no poder executivo paulista e quer ter ao seu lado os tucanos para poder governar.
Segundo apurou o Portal iG, Freitas teme colocar nas secretarias apenas políticos ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL). O entendimento é que São Paulo tem uma visão conservadora e trocar a equipe do governo radicalmente pode trazer efeitos negativos.
O PSDB governa o estado há 28 anos e a máquina pública funciona como um “relógio”. O relacionamento com prefeitos e vereadores é um dos exemplos usados por Tarcísio para convencer bolsonaristas mais radicais da necessidade de manter aliados do governador Rodrigo Garcia no governo.
“Mudanças vão acontecer, mas será de forma gradativa. O PSDB seguirá com espaço no estado para não assustar prefeitos e vereadores. Com o tempo, pode ser que o partido siga um novo caminho e tente recuperar o governo. Porém, a tendência é que os dois primeiros anos sejam de aliança”, comenta um dos coordenadores da campanha de Tarcísio.
O ex-ministro de Bolsonaro está muito confiante que vencerá as eleições. Pesquisas internas apontam uma diferença de 10 pontos desde o início do segundo turno. A convicção é que Fernando Haddad (PT) não tem tempo para virar votos, principalmente no interior.
“O interior é o grande problema da esquerda. O Noroeste, por exemplo, sempre foi um espaço da centro-direita. O PT não consegue se criar por lá e a tendência é continuar desse jeito por um longo período. Por isso a gente aposta que o PSDB estará nos dois primeiros anos conosco, mas depois será oposição. Eles vão querer ter o controle do estado novamente”.
Tarcísio evitará se expor
Em primeiro lugar, Tarcísio vai evitar se expor para não dar munição ao Haddad. O ex-ministro da Infraestrutura se recusou a participar do debate no SBT e na sabatina promovida pelo Roda Viva.
No entanto, a tendência é que ele esteja no debate promovido pela Globo. Na avaliação da campanha, mesmo que Tarcísio vá mal, não deverá mudar o destino da eleição.
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