Michelle Bolsonaro, primeira-dama, durante evento na campanha eleitoralMichael DANTAS / AFP
Publicado 20/10/2022 19:54 | Atualizado 20/10/2022 20:36
Rio - A 10 dias das eleições, Michelle Bolsonaro participou nesta quinta-feira (20) de uma série de eventos no Rio de Janeiro. De manhã, a primeira-dama esteve em um comício na Expomag, denominado de "Mulheres com Bolsonaro", na Praça Rui Barbosa, no Centro. À tarde, ela foi para o Calçadão de Nova Iguaçu, onde buscou enfatizar os feitos de Bolsonaro em defesa das mulheres e das pessoas com deficiência.

Com foco em um discurso cristão, a primeira-dama agradeceu a todos os deficientes da "sua" comunidade surda e afirmou que a população está passando por um momento difícil de "censura e de guerra contra as trevas, contra o socialismo e o comunismo".
"Nós somos a última barreira de defesa, estamos vivendo uma guerra do bem contra o mal. Cristãos, vocês têm que perceber que já estamos sendo perseguidos. Eu sei o que eu fiz pelos que mais precisam e eu creio em Deus. Vou sair maior. O Brasil não vai cantar o hino da música internacional socialista, vamos continuar cantando o hino do Brasil", disse.

Para o anfitrião, deputado Dr. Luizinho (PP), Nova Iguaçu já teve um tempo sombrio com o PT. "Quando tínhamos uma enorme mortalidade infantil, foi preciso revertermos essa situação com os direitos que o presidente Bolsonaro concedeu às mulheres", afirmou. Em seguida, o prefeito da cidade, Rogério Lisboa (PL), afirmou que não concorda com tudo que o presidente faz, "mas o que nos une é muito maior". "O presidente pegou um período de muita dificuldade de pandemia e guerra. Agora, precisamos reeleger Bolsonaro para que ele possa fazer o trabalho que tem que ser feito", comentou.

Embalado por jingles da campanha e por gritos "é o capitão do povo que vai vencer de novo", o assistente de logística, Leandro Mota, 36 anos, disse que vai votar em Bolsonaro porque ele quer diminuir a máquina pública e gerar mais empregos. "Ele é candidato da família, ele defende o mercado aberto e liberdade econômica", disse.

O auxiliar administrativo, Leonardo Machado, 23 anos, decidiu comparecer ao evento para apoiar Michele Bolsonaro. "Eu venho de uma família tradicional cristã. Estudo política há 3 anos e, desde os 19, decidi me posicionar nas redes sociais. Hoje estou aqui para acompanhar e apoiar essa campanha e vitória", comentou. Adriana Fonseca, 39, inspetora escolar, também foi para apoiar o "seu presidente". "Vou votar nele porque ele apoia minhas ideias. Eu sou cristã e, como tal, não apoio o aborto. Por mais que a pessoa critique do jeito que ele fala, prefiro assim, que é espontâneo do que quem fala bonito e mente", comentou.

A senadora eleita pelo Distrito Federal, Damares Alves (Republicanos), é parte da comitiva de Michelle. Em Nova Iguaçu, Damares mandou um recado para Lula: "Ele disse que eu tenho que provar que tem abuso sexual no Brasil. Me aguarde no Senado! Eu e Bolsonaro vamos caçar todos os pedófilos". A ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos chegou a reafirmar que tem, no Ministério, um vídeo de uma criança de nove dias sendo estuprada.

Além de Damares, Dr Luizinho e Rogério Lisboa, estiveram presentes Ana Aline Castro, esposa do governador Cláudio Castro (PL), as deputadas federal Clarissa Garotinho (União Brasil), Rosângela Gomes (Republicanos), Soraya Santos (PL), também presidente do PL Mulher, e Silvia Waiãpi (PL). Após Nova Iguaçu, Michelle Bolsonaro estará no culto da Igreja Adventista, na Penha, Zona Norte do Rio.
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