Publicado 25/10/2022 16:08
O diretório municipal do PSDB em São Paulo oficializou o apoio ao candidato do Republicanos, Tarcísio de Freitas, na disputa pelo governo do estado nesta terça-feira, 25. O embarque na campanha chega em meio a manifestações conflitantes de membros da executiva estadual da legenda, que se dividiu entre o endosso a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) na eleição nacional.
Fernando Alfredo, presidente do diretório municipal, defendeu que o discurso de Tarcísio "se assemelha muito com aquilo que o PSDB acredita para a cidade de São Paulo". "Não tem em cima do muro", disse. A legenda municipal ainda não definiu quem vai endossar no plano nacional. Segundo Alfredo, o anúncio será feito nesta quarta-feira, 26.
Sobre troca de apoio por cargos, Tarcísio voltou a pontuar que a aliança é programática e que não abre mão de algumas indicações a posições em um eventual governo. Ele disse, porém, que vai buscar nas alianças, como a dos tucanos, quadros que sejam "técnicos" e tenham "reputação ilibada".
No evento, integrantes do PSDB colaram a imagem do ex-prefeito tucano Bruno Covas, morto em maio de 2021, na de Tarcísio. O ex-prefeito foi citado diversas vezes durante a coletiva de imprensa. O candidato do Republicanos argumentou que teve contato com Covas em dois momentos quando era ministro da Infraestrutura e que pretende manter seu legado no Estado. Ao final do encontro, foi presenteado com uma foto do tucano.
Questionado sobre as críticas ao endosso do PSDB ao bolsonarismo, Tarcísio disse que seu projeto de governo é mais alinhado com os tucanos que o do PT. "Você acha que eles vão deixar o legado do Mário Covas e do Bruno Covas morrer? O que é apoiar o bolsonarismo? O que eu estou pregando: a livre iniciativa, um Estado mais competitivo, eficiência, capacitação profissional. (...) Isso está mais alinhado com a história do PSDB ou não?", disse.
O prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, disse que a legenda "não mudou de lado" ao apoiar o candidato ligado a Jair Bolsonaro e que uma aliança ao PT causaria "uma profunda estranheza".
Divisão
Notas controversas divulgadas pelo partido, porém, refletem o tensionamento que existe hoje na executiva estadual do partido. Na segunda-feira, 24, o diretório paulista divulgou um texto informando que a maioria do partido apoiou a candidatura de Lula
O presidente estadual do PSDB, Marco Vinholi, porém, negou a existência de um apoio oficial. O desencontro de informações causou mal-estar na cúpula do partido já que a informação desautorizou o governador Rodrigo Garcia. Por pressão de prefeitos, o partido acabou não oficializando o apoio a Lula e o diretório decidiu liberar os filiados.
Outra nota oficial dos tucanos, divulgada nesta terça-feira, 25, defendeu que "o presidente Jair Bolsonaro é o candidato de preferência da grande maioria dos prefeitos do PSDB". O partido estima que ao menos 80% dos prefeitos estejam em campanha por Bolsonaro. A avaliação de aliados é que o governador perdeu controle sobre o diretório e não conseguiu fazer com que o partido no Estado declarasse apoio a Bolsonaro, função que restou delegada aos prefeitos.
Fernando Alfredo, presidente do diretório municipal, defendeu que o discurso de Tarcísio "se assemelha muito com aquilo que o PSDB acredita para a cidade de São Paulo". "Não tem em cima do muro", disse. A legenda municipal ainda não definiu quem vai endossar no plano nacional. Segundo Alfredo, o anúncio será feito nesta quarta-feira, 26.
Sobre troca de apoio por cargos, Tarcísio voltou a pontuar que a aliança é programática e que não abre mão de algumas indicações a posições em um eventual governo. Ele disse, porém, que vai buscar nas alianças, como a dos tucanos, quadros que sejam "técnicos" e tenham "reputação ilibada".
No evento, integrantes do PSDB colaram a imagem do ex-prefeito tucano Bruno Covas, morto em maio de 2021, na de Tarcísio. O ex-prefeito foi citado diversas vezes durante a coletiva de imprensa. O candidato do Republicanos argumentou que teve contato com Covas em dois momentos quando era ministro da Infraestrutura e que pretende manter seu legado no Estado. Ao final do encontro, foi presenteado com uma foto do tucano.
Questionado sobre as críticas ao endosso do PSDB ao bolsonarismo, Tarcísio disse que seu projeto de governo é mais alinhado com os tucanos que o do PT. "Você acha que eles vão deixar o legado do Mário Covas e do Bruno Covas morrer? O que é apoiar o bolsonarismo? O que eu estou pregando: a livre iniciativa, um Estado mais competitivo, eficiência, capacitação profissional. (...) Isso está mais alinhado com a história do PSDB ou não?", disse.
O prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, disse que a legenda "não mudou de lado" ao apoiar o candidato ligado a Jair Bolsonaro e que uma aliança ao PT causaria "uma profunda estranheza".
Divisão
Notas controversas divulgadas pelo partido, porém, refletem o tensionamento que existe hoje na executiva estadual do partido. Na segunda-feira, 24, o diretório paulista divulgou um texto informando que a maioria do partido apoiou a candidatura de Lula
O presidente estadual do PSDB, Marco Vinholi, porém, negou a existência de um apoio oficial. O desencontro de informações causou mal-estar na cúpula do partido já que a informação desautorizou o governador Rodrigo Garcia. Por pressão de prefeitos, o partido acabou não oficializando o apoio a Lula e o diretório decidiu liberar os filiados.
Outra nota oficial dos tucanos, divulgada nesta terça-feira, 25, defendeu que "o presidente Jair Bolsonaro é o candidato de preferência da grande maioria dos prefeitos do PSDB". O partido estima que ao menos 80% dos prefeitos estejam em campanha por Bolsonaro. A avaliação de aliados é que o governador perdeu controle sobre o diretório e não conseguiu fazer com que o partido no Estado declarasse apoio a Bolsonaro, função que restou delegada aos prefeitos.
* Com informações de Estadão Conteúdo
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.