Bolsonaro durante coletiva de imprensa Reprodução
Publicado 27/10/2022 10:21 | Atualizado 27/10/2022 10:30
O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) disse na quarta-feira, 26, que o 'Inquérito das Fake News', conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, "não segue a Constituição e não tem respaldo do Ministério Público". A declaração foi dada durante uma coletiva de imprensa no Planalto da Alvorada.
Bolsonaro convocou uma reunião de urgência com ministros, após o presidente do Tribunal Superior Eleitoral rejeitar o pedido da campanha do chefe do Executivo, para que o Supremo investigasse a suposta ausência de propagandas em rádios.

Moraes disse que a campanha de Bolsonaro pode ter agido para "tumultuar" as eleições. Durante a coletivo imprensa, o presidente acusou o ministro de "monopolizar" as decisões do TSE.

"Alexandre de Moraes, no linguajar popular (...) matou no peito o processo, encaminhou ao Supremo, parte ou em todo para o Inquérito das Fake News — que ele mesmo conduz. Ou seja, um inquérito que ele é, totalmente, dono dele", afirmou o Jair Bolsonaro.
O presidente do TSE também afirmou que os dados apresentados pelo Partido Liberal são inconsistentes, "sem documentação crível".
"Não restam dúvidas de que os autores — que deveriam ter realizado sua atribuição de fiscalizar as inserções de rádio e televisão de sua campanha — apontaram uma suposta fraude eleitoral às vésperas do segundo turno do pleito sem base documental crível, ausente, portanto, qualquer indício mínimo de prova", escreveu o ministro.
Na mesma decisão, Moraes acionou o procurador-geral eleitoral, Augusto Aras, para apurar possível Crime Eleitoral com a finalidade de tumultuar o segundo turno do pleito" por parte da campanha de Bolsonaro.
Também foi acionada a Corregedoria-Geral Eleitoral para apurar eventual desvio de finalidade no uso do Fundo Partidário na contratação de uma auditoria que embasou as denúncias.
Além de determinar o envio do caso ao Supremo Tribunal Federal (STF) , no âmbito do inquérito que apura a atuação de milícia digital que atua contra a democracia.
"De forma preliminar, a peça (inquérito do TSE), foi me passado que o Partido (Partido Liberal) tem que responder por ter usado o Fundo Partidário de maneira irregular, porque segundo Alexandre de Moraes, não pode ser usado para fazer auditoria', disse Bolsonaro.
Jair Bolsonaro disse que irá até "às últimas consequências" contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes. “Da nossa parte, iremos às últimas consequências dentro das quatro linhas da Constituição, fazer valer o que as nossas auditorias constataram”, concluiu o candidato à reeleição.
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