Publicado 29/10/2022 11:47 | Atualizado 29/10/2022 12:08
Uma fala do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) no debate desta sexta-feira, 28, fez disparar no Google as buscas por um remédio usado para o aborto em hospitais, nos casos previstos por lei. Antes do confronto, organizado pela Rede Globo, a procura pelo medicamento Cytotec era baixa, pontuando entre 0 e 4 em uma escala que tem pico máximo em 100.
Durante o embate, após Bolsonaro citar o remédio, o termo "Cytotec" atingiu pontuação 54 no Google Trends, enquanto o nome com grafia errada, "Citotec", atingiu máxima de popularidade, batendo 100 pontos. O medicamento foi mencionado após uma pergunta do candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quando questionou Bolsonaro sobre uma fala do então deputado em 1992, na qual sugeriu a distribuição de pílulas abortivas para a sociedade.
Em resposta, o atual mandatário chamou o petista de "abortista" e mencionou o nome do remédio. "Trinta anos atrás, trinta anos atrás, abortiva, é Cytotec? É pílula do dia seguinte, é isso? Outra coisa, 30 anos atrás, eu posso mudar", alegou Bolsonaro.
No entanto, o Cytotec, nome comercial do Misoprostol, não é uma pílula do dia seguinte. O medicamento é usado por profissionais da saúde em hospitais, com o objetivo de induzir o aborto em casos específicos em que a legislação permite. A venda do remédio é proibida em farmácias, mesmo com receita médica.
Diferentemente do Misoprostol, a pílula do dia seguinte é um método contraceptivo de emergência, que inibe a ovulação e previne uma possível gravidez em caso de relação sexual desprotegida, ou quando há falha do método contraceptivo habitual. Como trata-se de um medicamento com alta dose de hormônios, seu uso deve ser evitado.
*Com informações do iG
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