Eleitores denunciam que policiais da PRF realizam operações na região Nordeste para impedir voto em LulaDivulgação
Publicado 30/10/2022 18:23 | Atualizado 30/10/2022 19:01
Rio - Por meio de nota oficial, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) negou, no fim da tarde deste domingo (30), uma possível desobediência à determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que proibiu a realização de operações contra o transporte público no dia das eleições do segundo turno. Segundo o órgão, a notificação do tribunal foi atendida.

"No que se refere à notificação enviada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a PRF respondeu no prazo determinado, encaminhando Ofício aos Superintendentes, determinando o 'fiel cumprimento da aludida decisão'", informa um trecho do comunicado.

Embora a corporação tenha negado, neste domingo, diversas denúncias foram compartilhadas na internet sobre ações da PRF atrasando a chegada de eleitores em zonas eleitorais. A maior parte dos relatos vem de estados do Nordeste, onde está a maior base de eleitores do candidato Lula (PT).

Por causa dos inúmeros relatos, o TSE chegou a intimar o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, a explicar, com urgência, as razões que motivaram a manutenção das operações nos estados.
A proibição das ações foi comunicada à PRF neste sábado, em despacho do próprio presidente do TSE, o ministro do supremo Alexandre de Morais. Em sua determinação, ele justifica que as ações não deveriam impedir que o eleitor chegasse à sua seção eleitoral sem dificuldades.

Na intimação, o TSE reforça que o diretor da PRF pode ser responsabilizado criminalmente caso haja comprovação do descumprimento da medida. O despacho cita como base um vídeo publicado no Twitter onde eleitor mostra blitz feita pela PRF na entrada da cidade de Cuité, na Paraíba, município a 219km de João Pessoa.

A Campanha do Lula chegou a acionar o TSE. De acordo a Coligação Brasil da Esperança, do ex-presidente Lula, a equipe foi informada de que estariam sendo feitas operações da PRF para supostamente impedir a circulação livre de eleitores, "principalmente na região Nordeste".

"Ao que tudo indica, trata-se de uma ação dolosa e direcionada a beneficiar a candidatura do atual presidente da República", disse a campanha de Lula.
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