Publicado 30/10/2022 19:53
Rio - Apoiadores do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acompanharam a apuração das urnas na Cinelândia, nome popular da Praça Floriano, no Centro da cidade, palco de importantes manifestações políticas do Rio de Janeiro desde a década de 1930.
Cercado pelo Theatro Municipal, Cine Odeon, Museu Nacional de Belas Artes e Biblioteca Nacional, o lugar simboliza ainda um importante pilar para eleitores de Lula: o apoio à arte e à cultura.
“Estamos aqui porque é fundamental derrotar o Bolsonaro. A gente espera que hoje a gente saia vitorioso, principalmente o Brasil que luta contra a fome, o desemprego e a precariedade na educação”, afirmou Bia Martins, 30 anos, Psicóloga. “Lula tem que ganhar nas urnas e nas ruas. É importante que o povo se organize para reconquistar os direitos que foram retirados. Se ele não ganhar, vamos fazer o que estamos fazendo desde o primeiro dia do governo Bolsonaro. Muita luta nas ruas para aumentar salário, combater a fome, para termos democracia. Vamos continuar fazendo manifestações, organizando movimentos sociais, pois política não é só nas eleições, política é construir no dia a dia uma vida melhor para as pessoas”, complementou.
Salatiel Chaves, 38 anos, segurança, perdeu o pai devido à COVID-19, e não consegue pensar em um outro governo com um presidente que riu da morte de milhares de pessoas.
“Lula representa muita coisa pra mim, vitória é nossa, para tirar o Bolsonaro. Perdi meu pai de COVID-19, imagina o presidente rir disso?”
Para a designer Karina Pazoto, de 33 anos, se o Bolsonaro vencer, o Brasil vai virar uma Venezuela. Ela logo esclareceu que a fala contém ironia.
“A vida das pessoas mais desfavorecidas que sofreram como governo do Bolsonaro tem muito o que melhorar com o governo Lula, se tivermos um bom dia hoje, todo mundo está muito tenso. Se o Bolsonaro ganhar, o Brasil vai virar uma Venezuela”, gargalhou a designer no final. “Essa minha última frase contém ironia, claro”, esclareceu.
Se o Bolsonaro ganhar eu tenho medo de que ele não saia mais, que essa extrema direita ocupe espaço muito maior, anos terríveis de opressão, de escuridão, sofreremos retaliação”, disse a jornalista Melissa Cunha, de 41 anos.
“Só em colocar um fim nesse governo autoritário, preconceituoso. Para mim, que faço parte desse pedaço espremido da classe média, não muda muito. Mas para as pessoas pobres e marginalizadas, muda muita coisa e é por essas que eu voto”, disse ainda.
*Reportagem de Anna Clara Sancho
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