Eleitores aguardam a apuração dos votos da eleição do segundo turno em frente a casa do candidata a reeleição Jair Messias Bolsonaro neste domingo(30).Reginaldo Pimenta/Agencia O Dia
Publicado 30/10/2022 21:28 | Atualizado 30/10/2022 21:30
Rio- Um pequeno grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu neste domingo (30) em frente ao condomínio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, onde mora o candidato à reeleição para acompanhar a apuração dos votos e torcer por Bolsonaro. Após o resultado, os eleitores alegaram fraude, pediram intervenção militar e declararam raiva e indigação com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A aglomeração começou por volta das 16h e contou com o apoio de um carro de som e um telão, que possibilitou que a população acompanhasse a contagem dos votos neste segundo turno em tempo real.
O clima de animação e otimismo começou a diminuir às 18h45, quando o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, passou a frente na corrida presidencial e bateu 50,01% dos votos, com 67,76% das urnas apuradas. Pouco depois das 20h, com mais de 99% das urnas apuradas, o resultado da apuração confirmou Lula como novo presidente do país. Entre os presentes, raiva e indignação.


A professora Jacqueline Rosa, de 58 anos, veio da Tijuca, na Zona Norte, para torcer pela reeleição de Bolsonaro. Bastante emocionada, ela disse lamentar pelo futuro do país. “A gente não pode garantir, acredito que houve fraude, mas sou otimista, acho que alguma coisa pode ser revertida", disse a professora.

O casal Paulo Vitor de Almeida e Sabrina Chaves não conseguiu conter as lágrimas. Moradores de Campo Grande, na Zona Oeste, eles não esconderam a indignação. “Um trabalhador de caráter não pode permitir que um ex-condenado em três instâncias assuma o poder. Mas ressaltamos a democracia. Por enquanto ainda existe uma democracia em nosso país, mas nós vamos lutar para que pautas contra a família, a favor da censura e do aborto não sejam aprovadas", disse Paulo.

A aposentada Eliane Barbosa, de 69 anos, veio de Nova Iguaçu, na Região Metropolitana do Rio. Duvidando da integridade das urnas eletrônicas, ela acredita que os militares devam fazer uma intervenção para evitar que o presidente eleito tome posse em 2023.

“Isso não vai ficar assim não. O resultado foi fraudado e acho que vai ter intervenção militar. No primeiro turno já teve fraude e agora também. É melhor que tenha intervenção mesmo, é melhor do que ficar o Lula aí", defendeu a aposentada.

O final do ato foi marcado por protestos contra a imprensa e o TSE e por pedidos de intervenção militar.
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