Publicado 09/08/2024 09:21
No primeiro debate dos candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro, organizado pela Band nesta quinta-feira (8), os dois candidatos bolsonaristas, Alexandre Ramagem (PL) e Rodrigo Amorim (União), apostaram em uma dobradinha para atacar o prefeito da cidade Eduardo Paes (PSD), que busca a reeleição e lidera as pesquisas de intenção de voto.
Eles adotaram a mesma estratégia: embates diretos contra Paes. Os dois investiram na associação do atual prefeito do Rio com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em uma tentativa de nacionalização do debate.
Paes foi chamado de "soldado do Lula", "filho ingrato de Cabral" e "nervosinho"- apelido atribuído ao prefeito por empreiteiros da Odebrecht em delação premiada. O caso foi arquivado.
A candidatura de Paes tem o apoio de Lula, enquanto Ramagem se apoia na associação ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ramagem é uma aposta pessoal de Bolsonaro para manter a influência em seu reduto eleitoral.
Preterido pelo clã bolsonarista na disputa pelo Rio, Amorim prestou homenagens à família do ex-presidente logo na primeira pergunta da sabatina. "Em nome do vereador Carlos Bolsonaro, quero agradecer a família Bolsonaro a quem eu presto continência. Pedi autorização e fui designado para compor uma frente conservadora contra a esquerda e contra o projeto do soldado do Lula em fazer do Rio de Janeiro um bunker da esquerda", afirmou o deputado estadual.
O parlamentar da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) ficou responsável pelo "serviço sujo", com ataques diretos a Paes. Já Ramagem repetiu o discurso de nacionalização e repercussão de pautas de segurança.
Embates entre Paes e Ramagem
O primeiro embate direto do debate, com perguntas entre os candidatos, ocorreu entre os dois mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto, Paes e Ramagem. O candidato do PL perguntou ao prefeito porque ele não colocou em prática um plano de segurança pública na capital fluminense.
O prefeito rebateu e afirmou que a segurança pública do Rio está sob o comando do grupo político do deputado há seis anos.
"Deputado Ramagem, o senhor era aliado do Wilson Witzel, aliado do Cláudio Castro. Vocês mandam na segurança há seis anos. O secretário de Segurança do Rio de Janeiro é indicação sua e do senador Flávio Bolsonaro. O que você acha das indicações políticas para comandantes de batalhões e delegacias", questionou Paes.
Os dois voltaram a ficar frente a frente no segundo bloco. Paes foi escolhido por Ramagem para responder sobre o tema educação. O prefeito do Rio questionou o deputado se ele pretende privatizar as escolas municipais.
Ramagem afirmou que irá manter o funcionalismo público nas escolas municipais e que não pretende investir no modelo de privatização.
Cumprimento de mandato
Em um dos embates com Paes, o candidato Marcelo Queiroz (Progressistas) questionou se o prefeito pretende cumprir todo o mandato caso seja eleito. O prefeito repetiu o discurso de que não pretende abandonar o cargo para disputar o governo do estado em 2026. "Você sabe bem como eu gosto de ser prefeito, eu vou ficar os quatro anos. Isso é uma enorme honra para mim".
Amorim repete chavões bolsonaristas
Mesmo sem o apoio oficial de Bolsonaro, Amorim se mostrou o candidato mais alinhado às pautas defendidas pelos bolsonaristas: críticas ao ex-presidente Lula, contra a descriminalização das drogas, a esquerda e o aborto.
O candidato do União Brasil chegou a afirmar que suspeitava que Tarcísio Motta, candidato do PSOL, estava sob efeito de droga durante o debate. "Quando você fala esse monte de abobrinha que você fala, eu chego a pensar que você não está são, está entorpecido. Eu fiz o exame toxicológico e desafio você a fazer o exame toxicológico", atacou.
Tarcísio rebateu: "Quanta besteira. Estou querendo discutir a cidade e o cara muda de assunto. Não consegue fazer uma pesquisa sequer."
PublicidadeEles adotaram a mesma estratégia: embates diretos contra Paes. Os dois investiram na associação do atual prefeito do Rio com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em uma tentativa de nacionalização do debate.
Paes foi chamado de "soldado do Lula", "filho ingrato de Cabral" e "nervosinho"- apelido atribuído ao prefeito por empreiteiros da Odebrecht em delação premiada. O caso foi arquivado.
A candidatura de Paes tem o apoio de Lula, enquanto Ramagem se apoia na associação ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ramagem é uma aposta pessoal de Bolsonaro para manter a influência em seu reduto eleitoral.
Preterido pelo clã bolsonarista na disputa pelo Rio, Amorim prestou homenagens à família do ex-presidente logo na primeira pergunta da sabatina. "Em nome do vereador Carlos Bolsonaro, quero agradecer a família Bolsonaro a quem eu presto continência. Pedi autorização e fui designado para compor uma frente conservadora contra a esquerda e contra o projeto do soldado do Lula em fazer do Rio de Janeiro um bunker da esquerda", afirmou o deputado estadual.
O parlamentar da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) ficou responsável pelo "serviço sujo", com ataques diretos a Paes. Já Ramagem repetiu o discurso de nacionalização e repercussão de pautas de segurança.
Embates entre Paes e Ramagem
O primeiro embate direto do debate, com perguntas entre os candidatos, ocorreu entre os dois mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto, Paes e Ramagem. O candidato do PL perguntou ao prefeito porque ele não colocou em prática um plano de segurança pública na capital fluminense.
O prefeito rebateu e afirmou que a segurança pública do Rio está sob o comando do grupo político do deputado há seis anos.
"Deputado Ramagem, o senhor era aliado do Wilson Witzel, aliado do Cláudio Castro. Vocês mandam na segurança há seis anos. O secretário de Segurança do Rio de Janeiro é indicação sua e do senador Flávio Bolsonaro. O que você acha das indicações políticas para comandantes de batalhões e delegacias", questionou Paes.
Os dois voltaram a ficar frente a frente no segundo bloco. Paes foi escolhido por Ramagem para responder sobre o tema educação. O prefeito do Rio questionou o deputado se ele pretende privatizar as escolas municipais.
Ramagem afirmou que irá manter o funcionalismo público nas escolas municipais e que não pretende investir no modelo de privatização.
Cumprimento de mandato
Em um dos embates com Paes, o candidato Marcelo Queiroz (Progressistas) questionou se o prefeito pretende cumprir todo o mandato caso seja eleito. O prefeito repetiu o discurso de que não pretende abandonar o cargo para disputar o governo do estado em 2026. "Você sabe bem como eu gosto de ser prefeito, eu vou ficar os quatro anos. Isso é uma enorme honra para mim".
Amorim repete chavões bolsonaristas
Mesmo sem o apoio oficial de Bolsonaro, Amorim se mostrou o candidato mais alinhado às pautas defendidas pelos bolsonaristas: críticas ao ex-presidente Lula, contra a descriminalização das drogas, a esquerda e o aborto.
O candidato do União Brasil chegou a afirmar que suspeitava que Tarcísio Motta, candidato do PSOL, estava sob efeito de droga durante o debate. "Quando você fala esse monte de abobrinha que você fala, eu chego a pensar que você não está são, está entorpecido. Eu fiz o exame toxicológico e desafio você a fazer o exame toxicológico", atacou.
Tarcísio rebateu: "Quanta besteira. Estou querendo discutir a cidade e o cara muda de assunto. Não consegue fazer uma pesquisa sequer."
Dinâmica do debate
O debate foi dividido em três blocos. No primeiro bloco, cada candidato teve um minuto e meio para responder a uma pergunta definida pela Band. A ordem das respostas seguiu o posicionamento no estúdio, decidido por sorteio. Todos os candidatos fizeram perguntas entre si no primeiro bloco. Cada um teve um minuto para a pergunta e a réplica, e quatro minutos para a resposta e a tréplica.
No segundo bloco, jornalistas da Band fizeram perguntas a todos os candidatos, que responderam e comentaram, com dois minutos para a resposta, um minuto para o comentário e um minuto para a réplica. Para encerrar, cada candidato teve dois minutos para as considerações finais.
Os candidatos começaram a chegar aos estúdios da Band, em Botafogo, na zona sul do Rio, às 20h55. Tarcisio Motta foi o primeiro, seguido por Marcelo Queiroz, Rodrigo Amorim, Alexandre Ramagem e Eduardo Paes.
O critério para escolha dos cinco concorrentes ao cargo foi que o partido, coligação ou federação tenham ao menos cinco parlamentares no Congresso Nacional, como determina a legislação eleitoral.
Perfil dos candidatos
O prefeito Eduardo Paes, candidato à reeleição, é favorito com folga nas pesquisas de intenção de voto. Com um recall político de três mandatos à frente da segunda maior cidade do País, Paes chega a disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro com alta popularidade e a expectativa de vitória em primeiro turno - a pesquisa Datafolha mais recente aponta Paes com 53% dos votos válidos.
O deputado federal e ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem (PL-RJ), será o representante do ex-presidente Jair Bolsonaro na disputa pela capital fluminense. Candidato à prefeitura do Rio, Ramagem é investigado por supostos monitoramentos ilegais pela Abin de desafetos do ex-presidente.
O diretório do PSOL no Rio definiu que o partido tem candidatura própria nas eleições para a prefeitura em 2024. O deputado federal Tarcísio Motta foi o escolhido do partido e aparece em terceiro lugar nas pesquisas mais recentes. Foi candidato ao governo do Estado em 2014 e 2018, e vereador da capital por dois mandatos, entre 2017 e 2022. Em 2014, alcançou a quinta posição na eleição para o Palácio da Guanabara, com quase 9% dos votos no primeiro turno.
O deputado federal Marcelo Queiroz será o candidato do Progressistas para a disputa municipal. Ele tem o apoio do presidente da sigla, o senador Ciro Nogueira (PP-PI). O partido lançou o próprio nome na corrida eleitoral e era cobiçado pelas duas principais campanhas, de Paes e Ramagem.
O União Brasil anunciou que o deputado estadual do Rio Rodrigo Amorim vai disputar a prefeitura do Rio pela legenda. O irmão dele, vereador Rogério Amorim (PL), fez uma publicação chamando o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), pré-candidato do Partido Liberal que conta com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de "futuro prefeito".
O debate foi dividido em três blocos. No primeiro bloco, cada candidato teve um minuto e meio para responder a uma pergunta definida pela Band. A ordem das respostas seguiu o posicionamento no estúdio, decidido por sorteio. Todos os candidatos fizeram perguntas entre si no primeiro bloco. Cada um teve um minuto para a pergunta e a réplica, e quatro minutos para a resposta e a tréplica.
No segundo bloco, jornalistas da Band fizeram perguntas a todos os candidatos, que responderam e comentaram, com dois minutos para a resposta, um minuto para o comentário e um minuto para a réplica. Para encerrar, cada candidato teve dois minutos para as considerações finais.
Os candidatos começaram a chegar aos estúdios da Band, em Botafogo, na zona sul do Rio, às 20h55. Tarcisio Motta foi o primeiro, seguido por Marcelo Queiroz, Rodrigo Amorim, Alexandre Ramagem e Eduardo Paes.
O critério para escolha dos cinco concorrentes ao cargo foi que o partido, coligação ou federação tenham ao menos cinco parlamentares no Congresso Nacional, como determina a legislação eleitoral.
Perfil dos candidatos
O prefeito Eduardo Paes, candidato à reeleição, é favorito com folga nas pesquisas de intenção de voto. Com um recall político de três mandatos à frente da segunda maior cidade do País, Paes chega a disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro com alta popularidade e a expectativa de vitória em primeiro turno - a pesquisa Datafolha mais recente aponta Paes com 53% dos votos válidos.
O deputado federal e ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem (PL-RJ), será o representante do ex-presidente Jair Bolsonaro na disputa pela capital fluminense. Candidato à prefeitura do Rio, Ramagem é investigado por supostos monitoramentos ilegais pela Abin de desafetos do ex-presidente.
O diretório do PSOL no Rio definiu que o partido tem candidatura própria nas eleições para a prefeitura em 2024. O deputado federal Tarcísio Motta foi o escolhido do partido e aparece em terceiro lugar nas pesquisas mais recentes. Foi candidato ao governo do Estado em 2014 e 2018, e vereador da capital por dois mandatos, entre 2017 e 2022. Em 2014, alcançou a quinta posição na eleição para o Palácio da Guanabara, com quase 9% dos votos no primeiro turno.
O deputado federal Marcelo Queiroz será o candidato do Progressistas para a disputa municipal. Ele tem o apoio do presidente da sigla, o senador Ciro Nogueira (PP-PI). O partido lançou o próprio nome na corrida eleitoral e era cobiçado pelas duas principais campanhas, de Paes e Ramagem.
O União Brasil anunciou que o deputado estadual do Rio Rodrigo Amorim vai disputar a prefeitura do Rio pela legenda. O irmão dele, vereador Rogério Amorim (PL), fez uma publicação chamando o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), pré-candidato do Partido Liberal que conta com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de "futuro prefeito".
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