Eduardo Paes foi o principal alvo dos demais candidatosReprodução
Publicado 09/08/2024 12:21
 Rio - Durante o debate da Band entre os candidatos à prefeitura do Rio, algumas frases e momentos chamaram atenção e rapidamente viralizaram nas redes sociais, gerando discussões e memes entre os eleitores. Estiveram presentes Alexandre Ramagem (PL), Eduardo Paes (PSD), Marcelo Queiroz (PP), Rodrigo Amorim (União Brasil) e Tarcísio Motta (PSOL).
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Um dos momentos mais comentados foi quando Rodrigo Amorim lançou ataques diretos contra Eduardo Paes. Em determinado momento, ele afirmou que "o Rio está afundando nas mãos desse prefeito corrupto", o que gerou reações imediatas tanto entre os apoiadores quanto os críticos, muitos acusando-o de disseminar fake news, além de afirmarem que ele "não tirou a família Bolsonaro da boca".
Em resposta a um dos ataques de Amorim, Paes retrucou de forma calma: "Fake news não vai resolver os problemas do Rio", o que foi visto como uma tentativa de desarmar o opositor sem cair em provocações.
Ainda durante as argumentações, Tarcísio resolveu ironizar a parceria entre Alexandre Ramagem e Rodrigo Amorim, ambos candidatos bolsonaristas. Enquanto citava o envolvimento do delegado na 'Abin Paralela', o psolista brincou ao comparar Rodrigo Amorim ao Padre Kelmon, figura que ganhou notoriedade durante as eleições presidenciais de 2022 por sua postura polêmica e alinhamento com Jair Bolsonaro. "Até apoio do Padre Kelmon carioca você tem, para ficar fazendo essas dobradinhas", disse, se referindo à Amorim.
Tarcísio fez a comparação para destacar o que ele considerou como uma tentativa de Amorim de se promover através de estratégias de confronto, em vez de apresentar propostas concretas para a cidade. A frase rapidamente ganhou destaque nas redes sociais, com muitos internautas replicando e comentando o momento, gerando uma onda de memes e discussões sobre a postura dos candidatos durante o debate.

Essa comparação foi vista como uma tentativa de Tarcísio de desqualificar o discurso de Amorim, colocando-o como uma figura caricata, sem substância real nas propostas, similar ao que ocorreu com Padre Kelmon nas eleições anteriores.
Em resposta a Tarcísio, Amorim citou outra candidata à Presidência na eleição de 2022, a atual ministra do Planejamento e Orçamento do Brasil, Simone Tebet: "Engraçado. Você [Tarcísio] está fazendo um papel semelhante ao da Simone Tebet. Eu prefiro ser Padre Kelmon à Tebet", rebateu.
Além disso, o candidato do União Brasil chegou a afirmar que suspeitava que Tarcísio Motta estava sob efeito de droga durante o debate. "Quando você fala esse monte de abobrinha que você fala, eu chego a pensar que você não está são, está entorpecido. Eu fiz o exame toxicológico e desafio você a fazer o exame toxicológico", atacou.

Tarcísio rebateu: "Quanta besteira. Estou querendo discutir a cidade e o cara muda de assunto. Não consegue fazer uma pesquisa sequer."
Amorim, por sua vez, também mirou em Eduardo Paes, utilizando termos como "nervosinho" e "filho ingrato de [Sérgio] Cabral" para atacá-lo. Além disso, ele mencionou o presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva, em uma tentativa de se posicionar como defensor de uma agenda conservadora: "Fui designado a compor uma frente conservadora contra a esquerda e contra o projeto do 'soldado do Lula'", disse, em uma clara indireta a Paes, tentando associar o prefeito ao governo federal.
O debate foi dividido em três blocos. No primeiro bloco, cada candidato teve um minuto e meio para responder a uma pergunta definida pela Band. A ordem das respostas seguiu o posicionamento no estúdio, decidido por sorteio. Todos os candidatos fizeram perguntas entre si no primeiro bloco. Cada um teve um minuto para a pergunta e a réplica, e quatro minutos para a resposta e a tréplica.

No segundo bloco, jornalistas da Band fizeram perguntas a todos os candidatos, que responderam e comentaram, com dois minutos para a resposta, um minuto para o comentário e um minuto para a réplica. Para encerrar, cada candidato teve dois minutos para as considerações finais.
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