Publicado 22/09/2024 05:00
Faltando duas semanas para o primeiro turno das eleições municipais, os candidatos aos cargos de prefeito e vereadores intensificam as campanhas em busca de conseguir os votos dos eleitores. Mas a arte de conquistar de 'vender o peixe' não é para qualquer um, é preciso conseguir a confiança do público. Sendo assim, a Diurna foi conversar com 'especialistas' que todos os domingos precisam literalmente 'vender o peixe' para sobreviver na Feira da Glória, uma das maiores e mais tradicionais do Rio de Janeiro.
PublicidadeVendedor em uma das mais famosas e movimentadas barracas de peixe da feira, Kaique Santos contou os segredos de como vender bem o peixe e fidelizar a clientela. Para ele, os políticos até 'vendem bem', o problema é o que eles vendem e o que entregam.
"Tem que ser sincero. Aqui a gente tenta ser o mais sincero possível, vender o melhor que nós temos ao abordar o cliente. Ser transparente é muito necessário. E acredito que na política essa transparência é muito necessária. Eu acho que os políticos no Brasil 'vendem o peixe' muito bem mesmo, só que as vezes não é o peixe certo. Querem vender sardinha como Salmão, Cherne ou Cavala", explicou Kaique.
Companheira de venda, Patricia Vasconcelos ressaltou que na profissão dela, honestidade é fundamental para não espantar a clientela e que gostaria de ver o mesmo na política. No entanto, de acordo com ela, há muito candidato vendendo peixe podre por aí.
"Se a gente enganar o cliente, ele não volta mais. Poderia ser assim também na política, se o candidato vendesse errado, o eleitor não deveria mais votar, mas infelizmente não é isso que ocorre. Tem muito candidato que segue vendendo 'peixe podre' e ganhando voto. Precisamos mudar isso no país todo. Espero que nessas eleições, eles façam como a gente aqui. Tem de mostrar o produto com carinho e ser verdadeiro. Não há jeito melhor de conquistar quem vem até a gente. Até receitas recomendamos conforme o peixe", contou Patricia.
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