Josiane da Silva, 44, de Curicica, quer mais médicos nos hospitais da regiãoPedro Teixeira/ Agência O DIA
Publicado 06/10/2024 06:00
Rio - Mais de 5 milhões de eleitores estão aptos a participar destas eleições municipais e decidir o futuro da cidade do Rio de Janeiro, escolhendo um prefeito e um vereador para representá-los. A maioria do eleitorado carioca, mais precisamente 55%, é composta por mulheres. E a maior faixa etária é de 40 a 44 anos. Compõem este grupo 253.102 mulheres e 223.962 homens, totalizando 477 mil pessoas. O DIA buscou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) os dados demográficos dos eleitores do Rio e nas ruas, o povo, protagonista das eleições, para ouvir as prioridades da população. 
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Andreza Cunha, 41, mora em Realengo e cobra pela saúde pública - Pedro Teixeira/ Agência O DIA
Andreza Cunha, 41, mora em Realengo e cobra pela saúde públicaPedro Teixeira/ Agência O DIA
Saúde e segurança são os temas mais citados. A vendedora Andreza Cunha, 41, mora em Realengo, na Zona Oeste. O que ela mais gostaria que melhorasse na cidade é a saúde pública. Andreza descreve o atendimento no equipamento do bairro como "caótico". "Bem complicado. Fico na mão. Eu busco candidatos que tenham olhar pra melhorar nosso bairro. Não tá ruim, mas precisa melhorar mais", afirma.
Alex e Natália Santos, moradores de Guaratiba, querem segurançaPedro Teixeira/ Agência O DIA
Para os moradores de Guaratiba Alex Silva, 43, e Natália Santos, 38, o Rio carece de melhoria no transporte, saúde e segurança. Os dois são empreendedores. "Está bem precário de segurança. É o que a gente busca em primeiro lugar", diz Alex.
Josiane da Silva, 44, é babá e mora com quatro filhos e dois netos em Curicica. Ela se queixa da falta de pediatras e ortopedistas na rede. "Tem muito a melhorar: a clínica da família, o Hospital Lourenço Jorge e o Hospital Miguel Couto, os hospitais da redondeza. Às vezes você quer um pediatra e só tem clínico, ou um ortopedista e não tem também", explicou.
Luana Amaral, 42, de Magalhães Bastos critica falta de coordenação entre entes na segurançaLi/Agência O Dia
A eleitora de Magalhães Bastos Luana Amaral, 42, defende a atuação conjunta entre os entes para promover a segurança pública na cidade. "Nosso Rio de Janeiro é uma cidade que poderia ser um lugar bom para todo mundo, mas a gente tem esse grande problema da nossa segurança. Poderia ter uma força tática entre o prefeito, o governador e o presidente para ajudar. Enquanto cada um tiver pensando diferente, nada vai andar", afirmou a profissional de serviços gerais.
Silvania, 40, se queixa do asfalto ruim e das faltas d'água em PaciênciaPedro Teixeira /Agência O DIA
Silvania Camelo, 40, se queixa do asfalto ruim e das frequentes faltas d'água em Paciência. "Desejo que melhore o básico, que acaba sendo o grosso dos problemas: pelo menos na parte onde eu moro, o asfalto é terrível. Falta d'água também, a gente fica duas semanas sem água", contou a trabalhadora de serviços gerais. Após as eleições, Silvania espera o cumprimento das promessas: "Espero que eles cumpram o que prometem, né? Entra ano, sai ano e é meio difícil".

O grupo de eleitores entre 25 a 29 anos também vem crescendo consideravelmente. São mais de 454 mil pessoas. Aos 27 anos, Stefanie Meirelles, faz parte dessa fatia do eleitorado. Enfermeira, a moradora da Rocinha faz coro pela melhoria da saúde e da segurança. "São os dois pontos mais complexos. Eu tenho a sensação de que algumas coisas estão muito travadas, por exemplo a fila do Sisreg", apontou.
No município do Rio, a 9ª Zona Eleitoral, localizada na Barra da Tijuca, na Zona Norte do Rio, é a maior em termos de número de eleitores, com um total de 152 mil pessoas. Morador do bairro, José Barbosa, 71, não precisa mais votar, mas faz questão de exercer o voto. "Não falto uma eleição, seja primeiro ou segundo turno", conta. Ele busca por políticos honestos para confiar seu voto. "Busco aquele que mentir menos", afirma o aposentado.
Morador da Barra, José Barbosa, 71, não precisa mais votar, mas faz questão de exercer o votoPedro Ivo/Agência O Dia
Dados marcantes do eleitorado e do Rio
Além do gênero e da faixa etária, é possível destacar outras características marcantes do eleitorado carioca. Em termos de escolaridade, a maior parte concluiu o ensino médio: 1,2 milhão, ou 24% dos eleitores. Apenas 12% possuem ensino superior completo. A maioria é solteira, representando o estado civil de 67% dos eleitores.
Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) captou que o rendimento médio dos cariocas era de R$ 2.367 em 2023. Segundo o Censo 2022, 54% dos cariocas são negros (15,6% pretos e 38,7% pardos) e 45%, brancos.

Na cidade do Rio, segundo o instituto, 94,9% dos domicílios estão conectados à rede de esgoto e 98% são abastecidos pela rede geral de água. Têm banheiro de uso exclusivo e coleta de lixo, 99% dos cariocas. Esses dados são do IBGE.
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