Antes, já havia cancelado participação no evento dos jornais O Globo e Valor e da rádio CBNReprodução/Band
Publicado 17/10/2024 21:42
São Paulo - O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), cancelou na última hora a sua presença no debate promovido pelo jornal Folha de S.Paulo em parceria com o portal UOL e a emissora RedeTV!, que seria realizado na manhã de ontem.
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Em nota, a campanha do emedebista disse que ele teria de participar de reunião extraordinária convocada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com concessionárias de energia, por causa do apagão provocado pelas chuvas da semana passada.
"Desde a tempestade de sexta-feira passada, foram desmarcados diversos compromissos da campanha, dando prioridade às urgências da Prefeitura. Estão em vista os cancelamentos de outras agendas eleitorais, por conta das mudanças climáticas previstas para sexta-feira (hoje)", afirmou a campanha, que disse ainda lamentar a ausência. "A campanha solicita a compreensão dos organizadores, do candidato adversário e do público."
Além do debate de ontem, Nunes também não vai comparecer ao encontro promovido pelo SBT, pelo portal Terra e pela Rádio NovaBrasil, previsto para hoje, segundo informou a campanha do emedebista ao Estadão/Broadcast. Antes, já havia cancelado participação no evento dos jornais O Globo e Valor e da rádio CBN.
Críticas
Com a ausência de Nunes, o debate de ontem foi convertido em uma sabatina com o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), adversário do prefeito no segundo turno da disputa pela Prefeitura de São Paulo.
Boulos chamou o emedebista de "fantoche" de Tarcísio. "É lamentável que ele se esconda debaixo da saia do Tarcísio. Nunes é um fantoche que representa interesses políticos do governador, que quer ter sua base em São Paulo para usar de trampolim, deixar o governo e tentar a Presidência. Nunes tem medo de debater ideias. O povo de São Paulo não aceita covarde", afirmou o candidato do PSOL.
O apagão foi o principal tema da sabatina. Boulos voltou a criticar a Enel, chamando-a de "empresa horrorosa", e disse que a responsabilidade é da Prefeitura. O deputado foi questionado em relação a declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a possibilidade de renovação de contratos da Enel. "É o Lula que deveria podar árvore em São Paulo? Isso parece uma tentativa de reproduzir um discurso desesperado do meu adversário, porque não fez a lição de casa e seu aliado não fiscalizou a Enel", respondeu.
"Essa tentativa de jogar a responsabilidade para o governo federal não cola. Fico surpreso com esforço de parte de vocês de jogar um apagão que o governo federal não tem responsabilidade nenhuma no colo do governo federal", disse.
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