Publicado 28/10/2024 08:03 | Atualizado 28/10/2024 08:03
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) comemorou a vitória de Sandro Mabel (União) sobre Fred Rodrigues (PL), candidato a prefeito de Goiânia apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O chefe do Executivo goiano criticou o ex-mandatário após ser chamado de "frouxo". Mabel foi eleito com 55,53% dos votos, contra 44,47% de Fred Rodrigues.
"Eu não sou homem de fechar portas com ninguém, mas Bolsonaro foi extremamente deselegante e até desrespeitoso. A idade ensina a comandar um processo eleitoral e a aglutinar forças. Só vamos vencer em 2026 (a direita) com uma convergência de ideias, aquele que conseguir aglutinar ideias para o PT não governar por mais 4 anos", disse o governador.
Publicidade"Eu não sou homem de fechar portas com ninguém, mas Bolsonaro foi extremamente deselegante e até desrespeitoso. A idade ensina a comandar um processo eleitoral e a aglutinar forças. Só vamos vencer em 2026 (a direita) com uma convergência de ideias, aquele que conseguir aglutinar ideias para o PT não governar por mais 4 anos", disse o governador.
"Agora isso não se faz da maneira como fizeram aqui em Goiânia. E se faz sim é com respeito, é com reconhecimento das pessoas que realmente têm prestígio nos seus estados. Cada estado, o seu líder tem que ser reconhecido. Então eu continuarei e vou trabalhar muito para mostrar a essas pessoas e a esses que se acham donos da verdade e dos votos, que não é assim que se governa, não é assim que se ganha eleição. É no diálogo, é na composição, é na articulação política", completou.
Ao lado de Caiado, Sandro Mabel disse estar "feliz com a vitória" e que começará a trabalhar na transição. "Vamos fazer uma transição tranquila, uma transição onde vamos pegar bons técnicos, boas equipes", afirmou.
O prefeito eleito elegeu como prioridade para o início dos trabalhos as áreas da saúde e segurança pública, e adiantou que haverá atuação conjunta para a resolução dos problemas desses segmentos.
'Não há racha'
A vitória de Caiado com Mabel se converteu em uma derrota expressiva para Bolsonaro, que, entre diversos aliados concorrendo no segundo turno, inclusive contra o PT, escolheu acompanhar a apuração ao lado de Fred Rodrigues em Goiânia.
A vitória de Caiado com Mabel se converteu em uma derrota expressiva para Bolsonaro, que, entre diversos aliados concorrendo no segundo turno, inclusive contra o PT, escolheu acompanhar a apuração ao lado de Fred Rodrigues em Goiânia.
Em entrevista pela manhã, o ex-presidente afirmou que "não há racha na direita" e disse respeitar o governador de Goiás. "A direita, em grande parte, são pessoas conscientes que sabem o que está em jogo", afirmou.
A despeito da leitura de Bolsonaro, outros políticos da direita fizeram ataques frontais a Caiado. O deputado federal Gustavo Gayer (PL) chegou a publicar um vídeo com ataques ao governador, a quem chamou de "canalha". O parlamentar disse que é "impossível apoiar esse governador, que não tem nada de direita".
Sem apresentar provas, ele acusou o chefe do Executivo estadual de ter envolvimento com a operação da Polícia Federal (PF) que o atingiu na sexta-feira passada, por suspeita de desvios de recursos de cota parlamentar.
Repercussão
O post recebeu diversos comentários de apoio de políticos e apoiadores de direita, inclusive da família Bolsonaro. A ex-primeira-dama e presidente do PL Mulher, Michelle Bolsonaro, escreveu em resposta a Gayer que "quem nasceu para ser Caiado, jamais será Bolsonaro". O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que o posicionamento de Caiado é "mais do que lamentável... bizarro".
Caiado, por sua vez, disse que só iria falar sobre Bolsonaro e os seus correligionários após o fim do segundo turno.
A despeito da leitura de Bolsonaro, outros políticos da direita fizeram ataques frontais a Caiado. O deputado federal Gustavo Gayer (PL) chegou a publicar um vídeo com ataques ao governador, a quem chamou de "canalha". O parlamentar disse que é "impossível apoiar esse governador, que não tem nada de direita".
Sem apresentar provas, ele acusou o chefe do Executivo estadual de ter envolvimento com a operação da Polícia Federal (PF) que o atingiu na sexta-feira passada, por suspeita de desvios de recursos de cota parlamentar.
Repercussão
O post recebeu diversos comentários de apoio de políticos e apoiadores de direita, inclusive da família Bolsonaro. A ex-primeira-dama e presidente do PL Mulher, Michelle Bolsonaro, escreveu em resposta a Gayer que "quem nasceu para ser Caiado, jamais será Bolsonaro". O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que o posicionamento de Caiado é "mais do que lamentável... bizarro".
Caiado, por sua vez, disse que só iria falar sobre Bolsonaro e os seus correligionários após o fim do segundo turno.
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