Dirigente do Botafogo, Carlos Augusto MontenegroVitor Silva/Botafogo
Por O Dia
Publicado 20/05/2020 13:20 | Atualizado 20/05/2020 13:20
Rio - Desde o começo da pandemia do novo coronavírus, o Botafogo sempre se posicionou a favor da preservação dos jogadores. Na última terça-feira, os presidentes do Flamengo e Vasco se reuniram com o presidente Jair Bolsonaro para chegar a um termo para o retorno do futebol. O encontro não foi bem visto pelo ex-presidente e atual membro do Comitê Gestor do Alvinegro, Carlos Augusto Montenegro.
"Os clubes têm que ser grandes dentro e fora de campo. É uma atitude de time pequenininho. Eles podem se tornar homicidas forçando uma barra dessas. Quem vai se responsabilizar se um atleta ou um funcionário passar para um membro da família, alguém em casa? Que protocolo é esse? As pessoas vêm treinar e, quando voltam, podem estar contaminadas", disse ao Globoesporte.com.
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Para Montengro, o momento vivido pelo país não permite os clubes pensarem no retorno das atividades presenciais. O dirigente afirmou que a situação do Estado do Rio de Janeiro não justifica a volta das atividades físicas nos clubes cariocas.
"Não tem justificativa para a volta do futebol. Estamos com um problema sério principalmente no Rio de Janeiro. No Brasil, estamos chegando perto de 1 mil pessoas por dia. Todos os hospitais com problema. Não sei se as pessoas estão sendo irresponsáveis, homicidas ou se não estão regulando bem. O futebol não é atividade essencial", declarou.
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Atualmente, o elenco do Botafogo segue realizando os treinamentos virtuais, sem data para o retorno das atividades no Nilton Santos. Ciente da pressão nos bastidores, o clube garantiu que adotará o protocolo para a volta do futebol somente após serem liberados pelas autoridades cariocas.