Publicado 09/05/2022 17:39
O impasse para a criação da Libra, a liga brasileira, continua e não será resolvido na reunião que acontecerá no dia 12 na sede da CBF. Em um carta proposta e com mais signatários, um grupo formado por 23 clubes, incluindo Fluminense e mais 10 da Série A, oficializou que deseja uma distribuição das cotas de TV mais igualitária e que não participará do encontro marcado para o dia 12 com o outro bloco, formado por Flamengo, os cinco paulistas e mais Cruzeiro e Ponte Preta.
Clubes importantes como Atlético-MG, Botafogo, Bahia, Internacional, Grêmio e Vasco não assinaram a carta-proposta. No texto, os clubes ainda informam que "no dia 16 de maio de 2022 se reunirão presencialmente no Rio de Janeiro para formalizar o compromisso em busca de uma composição equilibrada. Eles voltaram a usar o exemplo de ligas europeias de sucesso para defender a proposta de divisão de receitas em: 50% igualitário, 25% por performance e 25% comercial, com parâmetros objetivos e mensuráveis.
Há outros dois pontos que os 23 clubes querem que esteja no estatuto da Libra. Um deles é em relação à diferença entre os clubes de maior e menor receita. Pela proposta, o primeiro ano seria de 3,5 vezes e nos outros diminuiria até o limite de 1,6 vezes. Há também o desejo de que os clubes da Série B recebam 20% dos recursos de venda de direitos de transmissão para as TVs.
Para a criação da Libra, é necessário que os 40 clubes das Série A e B aprovem o estatuto, o que no momento está longe de acontecer. Além dos oito clubes que já assinaram a proposta inicial (com divisão em 40% igualitário, 30% por performance e 30% comercial) , Vasco e Atlético-MG também devem se juntar, enquanto o Botafogo avalia o cenário antes de definir. A expectativa é resolver o quanto antes para a liga organizar o Brasileirão a partir de 2025.
Veja a carta-proposta enviada pelos clubes:
"Diante dos últimos acontecimentos, os clubes signatários reafirmam o interesse na formalização da Liga de futebol profissional, com o intuito de elevar o nível de qualidade do futebol brasileiro, construindo um campeonato forte, revitalizado e, notadamente, com um padrão de equanimidade nas condições de disputa.
"Diante dos últimos acontecimentos, os clubes signatários reafirmam o interesse na formalização da Liga de futebol profissional, com o intuito de elevar o nível de qualidade do futebol brasileiro, construindo um campeonato forte, revitalizado e, notadamente, com um padrão de equanimidade nas condições de disputa.
É preciso, porém, pontuar que não haverá Liga sem a união dos 40 (quarenta) clubes participantes das atuais Séries A e B.
Algumas premissas devem ser observadas, tendo como referência que: (i) a Premier League divide igualmente 68% da receita, somando todos os direitos domésticos, internacionais e de marketing; (ii) as Ligas Alemã, Espanhola, Francesa e Italiana distribuem 50% da receita de forma igualitária; e (iii) a diferença de receita entre o primeiro e último clubes respeitam os seguintes limites: Inglaterra (1.6x), Itália (2.1x), Alemanha (3.2x) e Espanha (3.5x).
Para a formalização da Liga de Clubes de futebol brasileiro, os Signatários acreditam no modelo abaixo apresentado:
(i) Divisão de receita de 50% igualitário, 25% performance e 25% comercial, com parâmetros objetivos e mensuráveis;
(ii) Diferença de receita entre maior e menor clube tendo como alvo o limite de 1.6 ao longo do tempo (referência Premier League), com o teto de 3.5 a partir do primeiro ano;
(iii) Compromisso de que a Série B receba 20% dos recursos de venda de direitos de transmissão.
(ii) Diferença de receita entre maior e menor clube tendo como alvo o limite de 1.6 ao longo do tempo (referência Premier League), com o teto de 3.5 a partir do primeiro ano;
(iii) Compromisso de que a Série B receba 20% dos recursos de venda de direitos de transmissão.
Os signatários envidarão todos os esforços possíveis para reunir os 40 (quarenta) clubes e formatar a Liga, sempre na base do diálogo e da razoabilidade, firmando também o compromisso de que, caso não haja a efetiva formalização, irão avaliar, em conjunto, a negociação dos direitos de transmissão e demais propriedades inerentes ao futebol e suas respectivas competições para os anos posteriores a 2024.
Os clubes informam, ainda, que no dia 16 de maio de 2022 se reunirão presencialmente no Rio de Janeiro para formalizar o compromisso em busca de uma composição equilibrada, e que, por tal razão, não se farão presentes na reunião previamente agendada na CBF, no dia 12 de maio de 2022.
O encontro com os 8 (oito) clubes, no que depender da vontade dos Signatários, acontecerá futuramente para que seja apresentada e debatida a proposta descrita nesta carta, na tentativa de alcançar o consenso.
América Futebol Clube
Associação Chapecoense de Futebol
Atlético Clube Goianiense
Avaí Futebol Clube
Brusque Futebol Clube
Ceará Sporting Club
Centro Sportivo Alagoano - CSA
Club Athletico Paranaense
Clube de Regatas Brasil - CRB
Clube Náutico Capibaribe
Coritiba Foot Ball Club
Criciúma Esporte Clube
Cuiabá Esporte Clube
Esporte Clube Juventude
Fluminense Football Club
Fortaleza Esporte Clube
Goiás Esporte Clube
Londrina Esporte Clube
Operário Ferroviário Esporte Clube
Sampaio Corrêa Futebol Clube
Sport Club do Recife
Tombense Futebol Clube
Vila Nova Futebol Clube"
Associação Chapecoense de Futebol
Atlético Clube Goianiense
Avaí Futebol Clube
Brusque Futebol Clube
Ceará Sporting Club
Centro Sportivo Alagoano - CSA
Club Athletico Paranaense
Clube de Regatas Brasil - CRB
Clube Náutico Capibaribe
Coritiba Foot Ball Club
Criciúma Esporte Clube
Cuiabá Esporte Clube
Esporte Clube Juventude
Fluminense Football Club
Fortaleza Esporte Clube
Goiás Esporte Clube
Londrina Esporte Clube
Operário Ferroviário Esporte Clube
Sampaio Corrêa Futebol Clube
Sport Club do Recife
Tombense Futebol Clube
Vila Nova Futebol Clube"
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