Gustavo ScarpaCesar Greco / Palmeiras
Publicado 01/06/2022 16:38
Rio - Formado nas categorias de base do Fluminense, o meia Gustavo Scarpa decepcionou muita gente quando decidiu pedir na Justiça a rescisão do clube carioca no fim de 2017. Após uma batalha judicial, o Tricolor fez um acordo com o Palmeiras e o atleta pode atuar no clube paulista. Em entrevista ao portal "globoesporte.com", Scarpa explicou sua decisão de deixar o Tricolor, clube que o formou como profissional.
"Foi um momento difícil, porque apesar de não ter conquistado títulos de importância no Fluminense, eu tinha e tenho muito carinho pelo clube. A minha história no Fluminense é muito legal. Sair da forma como eu saí, nem eu gostaria, sabe? Não era a forma que eu tinha sonhado. Mas eu também não poderia ficar dependente da instituição para sempre. Como eu disse na época, a instituição, o clube é sempre maior do que o jogador. Mas o clube também não tem o direito de fazer o que quer com o jogador. Fui, tomei a decisão de ir para a Justiça por influência minha mesmo. Não teve empresário, nada. Eles me deram a opção, e como o Fluminense não estava me negociando de jeito nenhum, não me vendia, não me pagava, não me vendia, não me pagava, falei: "Ah, não dá para ficar aqui." E aí decidi sair", afirmou.
A atitude de Scarpa gerou rejeição nos torcedores do Fluminense. Até os dias de hoje, quando o Palmeiras vem jogar no Rio, o meia costuma ser bastante vaiado pelo tricolores. Apesar disso, o jogador, de 28 anos, acredita que a raiva em relação ao seu nome já não é a mesma por parte dos torcedores do antigo clube.
"Entendo a raiva dos torcedores. Hoje, pelo pouco que acompanhei, pelo que algumas pessoas me mandam, muita gente já não tem tanta raiva, mas acho que é devido ao bom momento que vivi no Palmeiras. Se eu estivesse mal, com certeza iriam falar: "Olha lá, viu? Sabia que não ia dar nada, sabia que não ia virar nada". Mas é um clube que tem meu respeito, a torcida tem meu respeito. Eu gosto de zoar, provoco às vezes, mas é só em resposta às provocações deles, nada no coração", disse.
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