Publicado 30/06/2022 19:52
Rio - Campeão mundial e líder da temporada 2022, Max Verstappen finalmente se pronunciou sobre os comentários racistas feitos por Nelson Piquet ao heptacampeão mundial Lewis Hamilton. Piquet, que é pai da namorada de Max, Kelly, utilizou um termo racista em entrevista publicada em 2021, mas que ganhou maior repercussão e repúdio nesta semana.
Ao ser perguntado sobre a situação, Verstappen afirmou que Nelson está errado ao utilizar o termo racista, mas defendeu o tricampeão, citando que ele não é preconceituoso.
"Eu acho que a palavra usada, apesar das diferentes culturas e das coisas ditas quando somos mais jovens, não foi correta. Passei um pouco de tempo com Nelson, acho que mais do que a média das pessoas em geral, e ele definitivamente não é racista”, comentou durante a coletiva de imprensa do GP da Inglaterra.
Ao ser perguntado sobre a situação, Verstappen afirmou que Nelson está errado ao utilizar o termo racista, mas defendeu o tricampeão, citando que ele não é preconceituoso.
"Eu acho que a palavra usada, apesar das diferentes culturas e das coisas ditas quando somos mais jovens, não foi correta. Passei um pouco de tempo com Nelson, acho que mais do que a média das pessoas em geral, e ele definitivamente não é racista”, comentou durante a coletiva de imprensa do GP da Inglaterra.
O comentário com uso de termo racista por parte de Nelson Piquet ocorreu no ano passado, quando o tricampeão comentava a batida entre o piloto da Hamilton e Verstappen no GP da Inglaterra de Fórmula 1.
No vídeo, que ganhou repercussão na imprensa internacional, o jornalista Ricardo Oliveira questionou Piquet sobre uma manobra parecida de Ayrton Senna no passado, e o tricampeão discordou. “O ‘neguinho’ meteu o carro e não deixou [Verstappen passar]. […] O ‘neguinho’ deixou o carro, porque não tinha como passar dois carros naquela curva. […] O ‘neguinho’ fez de sacanagem”, disse Piquet na entrevista concedida em 3 de novembro de 2021.
Verstappen também afirmou que não vai conversar com Nelson sobre a situação, e seguiu defendendo que o tricampeão mundial não é racista, apesar de condenar o uso das palavras.
“Eu não vou ligar para ele e falar: ‘ei, cara. Isto não foi legal’. Ele já sabe. Já disse isso no comunicado, acho que ele entende que usou a palavra errada, quem sou eu para ligar para ele? Não acho que vai mudar nada”, seguiu.
Verstappen também afirmou que não vai conversar com Nelson sobre a situação, e seguiu defendendo que o tricampeão mundial não é racista, apesar de condenar o uso das palavras.
“Eu não vou ligar para ele e falar: ‘ei, cara. Isto não foi legal’. Ele já sabe. Já disse isso no comunicado, acho que ele entende que usou a palavra errada, quem sou eu para ligar para ele? Não acho que vai mudar nada”, seguiu.
“E como ele disse, pode ser interpretado de duas maneiras. É claro que as pessoas pegam o lado ruim e isso ganha uma proporção maior, porque eu conheço Nelson pessoalmente. As pessoas vão taxá-lo de racista, o que não acho que ele é, mas concordo que não pode usar estas palavras”, completou.
Lewis Hamilton respondeu a fala de Piquet nas suas redes sociais. Primeiramente, postou em seu Twitter uma mensagem em português. “Vamos focar em mudar a mentalidade”, escreveu o heptacampeão mundial. Pouco depois, o piloto da Mercedes voltou a tweetar em inglês e clamou por contundentes ações antirracistas.
“É mais do que linguagem. Essas mentalidades arcaicas precisam mudar e não têm lugar no nosso esporte. Eu fui cercado por essas atitudes e fui um alvo por minha vida toda. Houve muito tempo para aprender. Chegou a hora da ação”, enfatizou Hamilton.
“É mais do que linguagem. Essas mentalidades arcaicas precisam mudar e não têm lugar no nosso esporte. Eu fui cercado por essas atitudes e fui um alvo por minha vida toda. Houve muito tempo para aprender. Chegou a hora da ação”, enfatizou Hamilton.
O fato gerou manifestações públicas de repúdio da Fórmula 1, que não citou o nome de Piquet em comunicado oficial divulgado nas primeiras horas desta terça-feira (28). "Linguagem discriminatória ou racista é inaceitável de qualquer forma e não faz parte da sociedade. Lewis é um embaixador incrível do nosso esporte e merece respeito. Seus esforços incansáveis para aumentar a diversidade e a inclusão são uma lição para muitos e algo com o qual estamos comprometidos na F1", ressalta a nota da F1.
A Mercedes também se manifestou oficialmente sobre a linguagem usada por Piquet. "Condenamos nos termos mais fortes qualquer uso de linguagem racista ou discriminatória de qualquer tipo. Lewis liderou os esforços do nosso esporte para combater o racismo e ele é um verdadeiro campeão da diversidade dentro e fora das pistas. Juntos, compartilhamos a visão de um automobilismo diversificado e inclusivo, e este incidente destaca a importância fundamental de continuarmos lutando por um futuro melhor", disse a equipe.
A FIA também repudiou o acontecimento, dizendo por meio de nota oficial em sua conta no Twitter que "condena veementemente qualquer linguagem e comportamento racista ou discriminatório, que não tem lugar no esporte ou na sociedade em geral."
"Expressamos nossa solidariedade a Lewis Hamilton e apoiamos totalmente seu compromisso com a igualdade, diversidade e inclusão no esporte a motor", finalizou a entidade.
Em um comunicado dirigido à imprensa internacional no dia seguinte à repercussão do episódio, Piquet pediu desculpa a Hamilton, mas alegou “tradução incorreta” do termo racista – utilizado mais de uma vez, vale lembrar. O ex-piloto afirmou que não teve a intenção de ofender e frisou que algumas das traduções que circulam na internet não retratam com exatidão a palavra usada por ele. O brasileiro condenou o racismo, mas alegou que a expressão “neguinho” é “amplamente e historicamente” usada no português coloquial.
A Mercedes também se manifestou oficialmente sobre a linguagem usada por Piquet. "Condenamos nos termos mais fortes qualquer uso de linguagem racista ou discriminatória de qualquer tipo. Lewis liderou os esforços do nosso esporte para combater o racismo e ele é um verdadeiro campeão da diversidade dentro e fora das pistas. Juntos, compartilhamos a visão de um automobilismo diversificado e inclusivo, e este incidente destaca a importância fundamental de continuarmos lutando por um futuro melhor", disse a equipe.
A FIA também repudiou o acontecimento, dizendo por meio de nota oficial em sua conta no Twitter que "condena veementemente qualquer linguagem e comportamento racista ou discriminatório, que não tem lugar no esporte ou na sociedade em geral."
"Expressamos nossa solidariedade a Lewis Hamilton e apoiamos totalmente seu compromisso com a igualdade, diversidade e inclusão no esporte a motor", finalizou a entidade.
Em um comunicado dirigido à imprensa internacional no dia seguinte à repercussão do episódio, Piquet pediu desculpa a Hamilton, mas alegou “tradução incorreta” do termo racista – utilizado mais de uma vez, vale lembrar. O ex-piloto afirmou que não teve a intenção de ofender e frisou que algumas das traduções que circulam na internet não retratam com exatidão a palavra usada por ele. O brasileiro condenou o racismo, mas alegou que a expressão “neguinho” é “amplamente e historicamente” usada no português coloquial.
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