Publicado 04/11/2022 13:19 | Atualizado 04/11/2022 13:45
Rio - Muito antes de anunciar sua aposentadoria do futebol em 2022, o ex-atacante Rafael Moura já dividia suas atenções esportivas. O He-Man conheceu o Beach Tennis em 2013, mas intensificou os treinamentos a partir de 2020, no Rio de Janeiro, e decidiu se profissionalizar. A adesão de amadores e migração de personalidades do esporte à modalidade passou de tendência para realidade no Brasil, onde se concentra o maior número de praticantes em todo o mundo. Neste fim de semana, o ex-artilheiro irá participar de um evento da modalidade, que será realizado na Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro.
Com um grande poder de trabalhar a mente, o Beach Tennis é um esporte para pessoas de todas as idades, pesos e alturas. A modalidade democrática permite a prática junto a familiares e amigos. Para Rafael Moura, que sempre teve uma cobrança individual dentro dos gramados, o mergulho de cabeça nas areias abraçado de pessoas próximas foi fundamental para enfrentar momentos difíceis.
"O Beach Tennis é um esporte que cresce muito devido a sua facilidade para uma pessoa iniciar na modalidade, ajuda muito a cabeça, e engloba diversão, inclusão, além de ser ao ar livre. Após o falecimento da minha mãe e o quadro de depressão, eu encontrei algo que me desafiou a treinar diariamente para estar competindo, e me fez um bem enorme, assim como para vários dos novos praticantes, que passaram por muitas dificuldades", disse Rafael, que projetou seu futuro:
"Minha meta de estar entre os 500 melhores jogadores do mundo de Beach Tennis já foi alcançada. Eu tinha planos para ficar entre os melhores 100 até o final do ano, mas acredito que não vai dar tempo. Nos meses de setembro e outubro, disputei menos campeonatos que deveria. Estou procurando uma dupla fixa, e assim que conseguir, vou buscar aos melhores resultados possíveis, que vai ser um grande sonho", pontuou.
Segundo a Federação Internacional de Tênis, o Brasil soma cerca de 1 milhão de praticantes de Beach Tennis e esse número pode crescer para 3,8 milhões em 2023. Esse esporte chama a atenção não só de ex-atletas, mas também daqueles que ainda estão em atividade. Por ser uma modalidade dinâmica e que demanda muita disciplina, muitas personalidades esportivas estão migrando para esse novo desafio.
"Ex-jogadores de futebol precisam continuar tendo essa adrenalina e esse espírito de competitividade. Mas, além disso, atuais personagens do futebol, como Everton Ribeiro, do Flamengo, está jogando com sua esposa e sua família. Personalidades do vôlei, como a Paula Pequeno, que foi campeã olímpica, em 2008 e 2012, está hoje no esporte. Ex-atletas do tênis também estão migrando", disse Alexandre Solera, diretor da Xvision Tecnologia da Informação S/A Solera Heroe's Brasil, detentora dos vinte maiores atletas de Beach Tennis pelo mundo.
Com o objetivo de oferecer uma experiência no Beach Tennis, neste final de semana (5 e 6), acontecerá o Heroe's Day Experience, na Arena Fla Gávea, no Rio de Janeiro. O evento, que tem vagas limitadas, contará com oficinas diferenciadas, jogos entre atletas líderes do ranking profissional, treinamento funcional com Du Gutierrez, preparador físico de atletas de alta performance, palestras e entretenimento. Além da presença de Rafael Moura.
"Essa ideia de hobbie sobre o Beach Tennis foi deixada para trás. A Heroe's tem hoje os vinte maiores atletas do mundo recebendo salários, bônus, premiações altas. E em 2023, teremos grandes competições promovidas pela Confederação Internacional de Beach Tennis com valores muito interessantes", projetou o organizador do Heroe's Day Experience, Alexandre Solera, que chama ao evento os interessados no esporte.
*Estagiária sob supervisão de Pedro Logato
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.