Publicado 29/12/2022 16:43
Maior jogador de todos os tempos, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, virou uma lenda muito além das quatro linhas de um campo de futebol. Criou um mito em cima dele que ajudou a levar o Brasil a todo o mundo. Único tricampeão da Copa do Mundo, o eterno camisa 10 deixou de ser de um país e passou a ser de todos os povos, superando fronteiras e até mesmo parando guerra.
Em meio às inúmeras excursões pelo mundo, a de 1969 na Nigéria foi uma das mais marcantes. Afinal, as duas facções envolvidas numa guerra civil havia dois anos no país acordaram um cessar-fogo de 48 horas para que a população pudesse assistir ao Santos de Pelé em campo. O jogo exibição ocorreu na cidade de Benin com o objetivo de arrecadar dinheiro para a reconstrução da região.
Essa foi uma das muitas passagens de Pelé pela África, não apenas pelo Santos. Em um caso curioso, o Rei do Futebol se viu obrigado a jogar por poucos minutos pelo time do Fluminense em 1978, quando já estava aposentado. O motivo? Assim como a delegação tricolor, ele estava na cidade de Lagos, na Nigéria, para ações de marketing e daria o pontapé inicial da partida.
A população local, entretanto, achava que veria Pelé jogar. Para evitar uma confusão com feridos no estádio, ele vestiu a camisa do Fluminense e jogou poucos minutos.
Em outros momento curioso, em nova excursão pelo Santos, desta vez pela América do Sul, o Rei do Futebol foi expulso em um amistoso contra a seleção olímpica da Colômbia, em Bogotá. Revoltados com o cartão vermelho, torcedores no Estádio El Campin cobraram o retorno imediato de Pelé à partida, o que aconteceu, obrigando o árbitro Guilhermo Velásquez a deixar o campo na vitória santista por 4 a 2.
Honrarias em outros países
Com importância gigantesca para vários povos por todo o planeta, Pelé recebeu esse reconhecimento ao ser nomeado como cidadão do mundo pelo Unicef. Além disso, é um dos poucos estrangeiros a receber o título de sir no Reino Unido e foi condecorado Cavaleiro da Legião de Honra da França.
Eleito o Atleta do Século XX
Maior do que o próprio futebol, Pelé ainda foi eleito em 1980 como o Atleta do Século, em votação organizada e divulgada pela tradicional revista francesa 'L'Equipe'. Ele superou outros nomes icônicos do esporte, como o americano Jesse Owens, que ficou em segundo lugar com nove pontos a menos. O ciclista belga Eddy Merchx foi o terceiro.
O prêmio que o acompanhou desde então foi entregue um ano depois, em 1981, no estádio Parc Des Princes, antes de um amistoso entre Brasil e França, em Paris.
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