Publicado 30/01/2023 16:41
No último sábado, em Brasília, antes da partida da Supercopa do Brasil, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, se reuniu com o Ministro da Justiça, Flávio Dino. No encontro, os dois discutiram políticas de combate ao racismo e à violência no futebol.
Desde que assumiu a presidência da CBF, em março de 2022, Ednaldo tem ressaltado que uma das prioridades na sua gestão é a luta contra a discriminação no futebol. Ele, vale destacar, é o primeiro presidente negro e nordestino da história da entidade.
"O combate ao racismo é uma das minhas principais bandeiras na CBF. A discriminação racial é crime e nosso trabalho é jogar luz sobre o tema. Ter o apoio do Ministério da Justiça nos deixa mais fortes para mostrar que não há mais espaço para racistas no futebol", disse Ednaldo Rodrigues, ao site oficial da CBF.
Os dois também falaram sobre as mudanças na lei que tornou mais rígida a punição no combate ao racismo no futebol no Brasil. Cabe lembrar que, no dia 11 de janeiro deste ano, o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sancionou a lei que equipara o crime de injúria racial ao racismo, que é imprescritível e inafiançável.
O texto, aliás, ainda prevê um aumento da pena para delitos praticados em eventos tanto esportivos quanto culturais no Brasil.
Antes, a pena por cometer a injúria racial era de um a três anos. Agora, a reclusão pode ser de dois a cinco anos. Além disso, se o crime for cometido por duas ou mais pessoas, a pena é dobrada.
"A nova lei sancionada é um grande avanço na luta por um esporte e uma sociedade mais justa, mais humana e mais fraterna. A nova lei é um recado claro aos racistas", destacou Ednaldo Rodrigues.
Além de Ednaldo Rodrigues e Flávio Dino, estiveram na reunião: o Interventor Federal na Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli; o Secretário de Acesso à Justiça, Marivaldo Pereira; a Coordenadora do Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania), Tamires Sampaio; e o Secretário-Geral da CBF, Alcino Rocha.
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