Felipe MassaDivulgação
Publicado 10/02/2023 17:31
O vice-campeonato de Felipe Massa na Fórmula 1 completará 15 anos em 2023. Na temporada de 2008, o piloto brasileiro disputou o título com a escuderia contra Lewis Hamilton, na época na McLaren, que estava em seu segundo ano na categoria. Na última curva da última volta da corrida de Interlagos, o britânico ultrapassou o alemão Timo Glock e tirou o título das mãos do brasileiro - que venceu a corrida.
Em entrevista ao jornal italiano "La Gazzetta Dello Sport", Felipe Massa recordou o vice-campeonato diante de Lewis Hamilton, que na época conquistou o primeiro dos seus sete títulos. O piloto brasileiro também apontou semelhanças entre os erros da Ferrari em 2008 e no campeonato do ano passado, quando o monegasco Charles Leclerc terminou com o segundo lugar. 
"A Ferrari precisa melhorar em muitos aspectos. É preciso ser mais fria nas decisões e na execução das corridas. É uma equipe que estava acostumada a vencer, o que talvez tornasse tudo mais fácil (na época). Já cometemos erros. Se eu perdi o campeonato de 2008, foi também por causa do motor que explodiu na Hungria, da bagunça nas boxes de Singapura. Mas houve menos erros do que no ano passado", disse.
Em 2008, a Ferrari conquistou pela última vez o título mundial de construtores. Desde então, Mercedes e Red Bull dominaram a categoria - nos mundiais de construtores e pilotos. Em 2022, a escuderia italiana voltou a ter força e um carro competitivo, mas decisões erradas durante as corridas prejudicaram Charles Leclerc e Carlos Sainz. Das 22 corridas, a Ferrari não teve problema em oito.
"Conheço Mattia (Binotto, ex-chefe de equipe) desde que eu era piloto de testes na Ferrari e o considero um excelente engenheiro, que fez muito pela equipe, primeiro se tornando diretor técnico e depois chefe. Mas houve muitos erros no ano passado, e talvez também um problema de relacionamento com a alta cúpula e John Elkann (presidente do grupo Fiat). Alguém tinha que pagar, embora Binotto não fosse o único culpado", afirmou Massa.
Mattia Binotto se demitiu da Ferrari no dia 29 de novembro do ano passado. O italiano chegou na escuderia em 1995 como engenheiro de motores e foi determinante para a equipe dominar a categoria entre 1999 e 2005, com seis campeonatos de construtores e cinco títulos de Michael Schumacher. Em 2019, Binotto assumiu a posição de chefe de equipe, além de acumular a função de gestor esportivo.
Em 2019, a Ferrari viveu a sua melhor fase sob a chefia de Mattia Binotto. Com um motor potente, Sebastian Vettel disputou o título com Lewis Hamilton, mas acabou derrotado. Porém, o ano terminou marcado por um acordo sigiloso por irregularidade em seus motores. A conta foi paga em 2020, quando a escuderia terminou sem vitórias e em sexto lugar - sua pior campanha na história.
Após sofrer com a punição em 2020, a Ferrari voltou a ser a terceira força no ano seguinte. Em 2022, a equipe italiana mostrou força nas classificações, mas cometeu erros nas corridas e, com isso, Leclerc e Sainz não conseguiram brigar pelo título com Verstappen. Das 22 corridas da temporada, em dez ocasiões a Ferrari traçou uma estratégia errada. 
A temporada de 2023 da Fórmula 1 começa no dia 5 de março, com o Grande Prêmio do Bahrein. A Ferrari será comandada por Frederic Vasseur, que chefiava a Alfa Romeo. 
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