MP de Goiás denunciou 14 pessoas pelo envolvimento em fraudes da segunda divisão do BrasileirãoFoto: Divulgação/MP de Goiás
Publicado 16/03/2023 18:22 | Atualizado 16/03/2023 18:26
Nesta quinta-feira, o Ministério Público de Goiás informou que a denúncia oferecida contra 14 pessoas por envolvimento em fraudes de jogos da Série B do Campeonato Brasileiro de 2022 foi recebida pela Justiça. Dessa forma, todos se tornaram réus na ação.
Os denunciados, que agora viraram réus, são: Bruno Lopez de Moura (BL); Camila Silva da Motta; Ícaro Fernando Calixto dos Santos; Luís Felipe Rodrigues de Castro; Victor Yamasaki Fernandes; Zildo Peixoto Neto; Allan Godoi dos Santos; André Luís Guimarães Siqueira Júnior (André Queixo); Mateus da Silva Duarte (Mateusinho); Paulo Sérgio Marques Corrêa; Ygor de Oliveira Ferreira (Ygor Catatau, ex Vasco); Marcos Vinicius Alves Barreira (Romário); Joseph Maurício de Oliveira Figueredo; e Gabriel Domingos de Moura.
Ygor Catatau defendeu o Vasco, em 2020 - Foto: Rafael Ribeiro/Vasco
Ygor Catatau defendeu o Vasco, em 2020Foto: Rafael Ribeiro/Vasco
ENTENDA O CASO
Conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a investigação começou quando o presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo de Carvalho, colheu provas e apresentou indícios de corrupção esportiva.
Segundo explicou o MP, o mandatário do Vila apontou evidências da atuação ilícita de Bruno Lopez na manipulação de resultados para benefício de apostadores nas seguintes partidas: Vila Nova x Sport; Tombense x Criciúma; e Sampaio Corrêa x Londrina. 
De acordo com o presidente, Bruno Lopez lhe disse que realizou tratativas com Romário, jogador do Vila Nova, para que organizasse e providenciasse, mesmo que com terceiros, pênaltis no primeiro tempo do jogo contra o Sport.
Ainda conforme relato do mandatário do Vila Nova, Bruno Lopez também lhe contou que realizava tratativas com um atleta do Sampaio Corrêa e outro do Tombense para que garantissem um pênalti cometido no primeiro tempo dos jogos contra Londrina e Criciúma, respectivamente. 
DESDOBRAMENTOS
Após a deflagração da Operação Penalidade Máxima e o aprofundamento das investigações, o MP informou que o Graeco constatou "a atuação concreta de organização criminosa especializada em corromper atletas profissionais para manipulação de resultados e eventos relacionados a diversos jogos de campeonatos de futebol, inclusive com diversas condutas criminosas praticadas no Estado de Goiás". 
Conforme explicitado na denúncia, jogadores profissionais eram abordados com uma oferta de altos valores financeiros - em torno de R$ 150 mil, além de um "sinal" na negociação, geralmente no valor de R$ 10. 
A intenção do esquema era garantir elevados lucros aos apostadores em apostas feitas em sites de casas esportivas.  
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