Publicado 17/04/2023 11:14 | Atualizado 17/04/2023 11:19
Pelo menos 89 pessoas ficaram feridas em um confronto entre torcedores e policiais antes do clássico entre Atlético Nacional e América de Cali, no último domingo (16), em Medellín, na Colômbia. A partida, marcada para acontecer no estádio Atanasio Girardot, não chegou a começar e foi adiada. As informações são do canal "Caracol".
Segundo a imprensa colombiana, o motivo do confronto foi um corte de benefícios para torcidas organizadas feita pelo Atlético Nacional. Antes da partida, o clube comunicou que iria suspender os "benefícios econômicos" para torcidas, o que provocou um racha entre a diretoria do El Verde junto a organizada "Los del Sur".
"Para nós, todos os torcedores são igualmente importantes. Por isso, acreditamos firmemente que ninguém deve ter privilégios sobre os outros", diz parte do comunicado, que também pediu ambiente pacífico entre os torcedores.
"Fazemos um chamado à convivência pacífica dentro e fora dos estádios para que se viva a festa do futebol em harmonia. O Atlético Nacional sempre terá portas abertas para criar espaços que permitam gerar valor ao esporte, sobre a base da confiança, do respeito e do bom relacionamento. Não sobre ações de pressão e assédio contra a instituição".
O posicionamento do Atlético Nacional foi apenas a confirmação da ruptura da relação com a torcida organizada, que já estava desgastada há meses, conforme diz a imprensa colombiana. Nas redes sociais, a "Los del Sur" respondeu ao comunicado.
"Ele (Benjamín Romero, vice-presidente do Atlético Nacional) chama de benefícios econômicos o que são a logística, a segurança e a convivência de todos os assistentes, através da logística que criamos há 12 anos".
Após o episódio, o prefeito de Medellín, Daniel Quintero, afirmou que o governo vão vai mais emprestar o estádio ao Atlético Nacional até que sejam garantidas condições mínimas de segurança.
"Não vamos tolerar violência. Tenho que colocar até 800 policiais em cada partida. Não emprestaremos o estádio ao Nacional até que se acertem condições mínimas de segurança entre torcedores e dirigentes, e a vigilância seja paga pelo clube. Prefiro que os policiais estejam nas ruas cuidando das pessoas", afirmou.
O secretário de Governo de Medellín, Juan Pablo Ramírez, culpou o Atlético Nacional pelos confrontos no estádio.
"Rechaçamos de maneira categoria a violência por parte dos torcedores. Mas é necessário estabelecer a responsabilidade dos dirigentes do clube nestes destroços, nas lesões dos policiais, nos jovens feridos e ensanguentados, pela renúncia, em escutar sua torcida", disse em entrevista.
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