Publicado 29/04/2023 11:10 | Atualizado 30/04/2023 13:00
Rio - Morreu na última sexta-feira (28), Robson Gracie, aos 88 anos. Um dos maiores nomes da história do jiu-jítsu, Robson foi o segundo filho de Carlos Gracie, e se tornou um dos maiores divulgadores do esporte. A informação do falecimento foi confirmada por sua neta, Kyra Gracie, em suas redes sociais. A causa da morte não foi divulgada.
Robson Gracie iniciou nas artes marciais em abril de 1957, fazendo sua estreia no Vale-Tudo com uma vitória sobre Artur Emídio. Durante sua carreira nas lutas, Robson recebeu a faixa vermelha de jiu-jítsu, o mais alto grau da modalidade.
O ex-lutador também teve carreira conhecida na política. Nos anos 60, Robson foi contratado para ser guarda-costas de Lionel Brizola, cunhado do então presidente João Goulart. Pelo seu envolvimento, Robson foi preso durante o golpe militar de 1964, e ficou 64 dias sendo torturado sob custódia. Sua esposa, Vera Lúcia, fez representações ao governo solicitando a sua liberação, e, por conta disto, também foi presa, mas liberada poucos dias depois.
Na década de 1980, Robson Gracie assumiu a presidência da Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro (Suderj), no primeiro mandato de Leonel Brizola como governador. Ele também assumiu, pouco tempo depois, a presidência da Federação de Jiu-Jítsu do Rio de Janeiro (FJJ-Rio).
Em outubro de 2018, pouco antes do segundo turno das eleições, entregou uma faixa preta de jiu-jítsu para o então candidato Jair Bolsonaro, que sequer treinou o esporte de fato, sendo criticado por parte de sua família. Alguns dias depois, demitiu seu irmão, Reyson Gracie, por ter votado em Fernando Haddad, do PT, nestas eleições.
O ex-lutador deixa os filhos Charles, Renzo, Keila, Ralph, Flávia e Robson Gracie Jr, além de Ryan Gracie, que morreu em 2007.
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