Publicado 03/05/2023 16:55
Punido por cinco anos em decisão oficial do Conselho de Ética do COB, publicada na última terça-feira, Wallace disparou contra a atuação do Comitê e da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) no caso que protagoniza desde o final de janeiro. Em entrevista ao "Blog do Voloch", o oposto do Cruzeiro revelou detalhes sobre os meses que ficou impedido de retornar às quadras, a relação com as entidades envolvidas no caso e a falta de apoio das confederações e da Seleção Brasileira. Campeão olímpico, ele não poderá disputar jogos por clubes ou pela Amarelinha por cinco anos, o que pode fazê-lo encerrar a carreira. No entanto, promete lutar pela possibilidade de voltar às atividades.
"O que eu digo é que a briga política das entidades não vai acabar comigo e minha carreira. No pior dos cenários, vou jogar fora do Brasil. O mercado é grande na Europa e Ásia. Eu tenho currículo e portas abertas por onde passei", disse o atleta.
"O que eu digo é que a briga política das entidades não vai acabar comigo e minha carreira. No pior dos cenários, vou jogar fora do Brasil. O mercado é grande na Europa e Ásia. Eu tenho currículo e portas abertas por onde passei", disse o atleta.
Em fevereiro deste ano, Wallace foi punido por incitação à violência sobre Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente da República. O atleta sugeriu, em post nas redes sociais, que os seus seguidores atirassem na autoridade máxima do país. O oposto foi punido pelo Conselho de Ética do COB (CECOB), primeiramente, por 90 dias. A punição estava em vigor desde o dia 3 de fevereiro, com término marcado para o dia 3 de maio.
"Eu já paguei pelo erro que cometi. E assumi meu erro. O que mais eles querem? (...) Sem comentários. Quer dizer então que agora tudo é culpa do Wallace? Sai de 30 (dias), para mais 30, depois 90 e agora 5 anos? O que as autoridades devem saber é que vamos continuar defendendo o meu direito de trabalhar. E o clube, que me puniu quando precisou, está dando todo suporte jurídico", declarou.
Com o objetivo de conseguir uma medida liminar para retornar às quadras e, consequentemente, jogar a Superliga pelo Cruzeiro, Wallace acionou o STJD do Vôlei. A liminar foi concedida e o CECOB, em resposta à decisão, afirmou que a CBV sofreria sanções gravíssimas caso permitisse o retorno do atleta.
Dessa forma, a CBV acionou o Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (CBMA), que liberou Wallace para atuar na reta final da competição nacional, sob organização da entidade de vôlei. O oposto entrou em quadra na final da Superliga, contra o Minas, no último domingo, na qual marcou o ponto do octacampeonato da Raposa. Porém, de acordo com o atleta, a CBV não lhe ajudou como deveria durante o período de punição.
"A CBV só brigou pelo meu direito quando se viu em dúvida no que fazer quando conseguimos a liminar e essa liminar que deixou a entidade respaldada juridicamente para tomar a decisão e agora brigar com o COB. A CBV não me ajudou e não levou em consideração tudo que fiz e representei na seleção brasileira. É complicado falar", disparou.
Foram meses muito difíceis para Wallace. O atleta do Cruzeiro, além de ficar afastado das quadras, afirmou que não contou com o apoio de tantos amigos e companheiros de profissão, inclusive da época de Seleção Brasileira.
"Agora sei quem são os amigos de verdade. Meu conceito de amizade era um, hoje é outro. A gente aprende com as porradas. Eu conto nos dedos quem é quem. Posso dizer que esse episódio me ensinou o conceito de amigo e colega de trabalho", comentou.
Procurado pelo LANCE!, o Sada Cruzeiro não deve, por ora, se posicionar sobre a punição ao atleta. A CBV também foi suspensa por seis meses, e o presidente em exercício da entidade, Radamés Lattari, foi afastado. O documento publicado também recomendou o corte de patrocínio do Banco do Brasil e do Ministério do Esporte durante o período de punição à CBV.
"Eu já paguei pelo erro que cometi. E assumi meu erro. O que mais eles querem? (...) Sem comentários. Quer dizer então que agora tudo é culpa do Wallace? Sai de 30 (dias), para mais 30, depois 90 e agora 5 anos? O que as autoridades devem saber é que vamos continuar defendendo o meu direito de trabalhar. E o clube, que me puniu quando precisou, está dando todo suporte jurídico", declarou.
Com o objetivo de conseguir uma medida liminar para retornar às quadras e, consequentemente, jogar a Superliga pelo Cruzeiro, Wallace acionou o STJD do Vôlei. A liminar foi concedida e o CECOB, em resposta à decisão, afirmou que a CBV sofreria sanções gravíssimas caso permitisse o retorno do atleta.
Dessa forma, a CBV acionou o Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (CBMA), que liberou Wallace para atuar na reta final da competição nacional, sob organização da entidade de vôlei. O oposto entrou em quadra na final da Superliga, contra o Minas, no último domingo, na qual marcou o ponto do octacampeonato da Raposa. Porém, de acordo com o atleta, a CBV não lhe ajudou como deveria durante o período de punição.
"A CBV só brigou pelo meu direito quando se viu em dúvida no que fazer quando conseguimos a liminar e essa liminar que deixou a entidade respaldada juridicamente para tomar a decisão e agora brigar com o COB. A CBV não me ajudou e não levou em consideração tudo que fiz e representei na seleção brasileira. É complicado falar", disparou.
Foram meses muito difíceis para Wallace. O atleta do Cruzeiro, além de ficar afastado das quadras, afirmou que não contou com o apoio de tantos amigos e companheiros de profissão, inclusive da época de Seleção Brasileira.
"Agora sei quem são os amigos de verdade. Meu conceito de amizade era um, hoje é outro. A gente aprende com as porradas. Eu conto nos dedos quem é quem. Posso dizer que esse episódio me ensinou o conceito de amigo e colega de trabalho", comentou.
Procurado pelo LANCE!, o Sada Cruzeiro não deve, por ora, se posicionar sobre a punição ao atleta. A CBV também foi suspensa por seis meses, e o presidente em exercício da entidade, Radamés Lattari, foi afastado. O documento publicado também recomendou o corte de patrocínio do Banco do Brasil e do Ministério do Esporte durante o período de punição à CBV.
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