Publicado 02/06/2023 11:20
Szymon Marciniak, árbitro da final da Liga dos Campeões, entre Manchester City e Inter de Milão, no dia 10 de junho, teve seu nome ligado a uma polêmica nesta sexta-feira (2). O polonês realizou uma palestra em um evento de extrema direita na cidade de Katovice, em seu país natal, organizado pelo partido Confederação, que já se mostrou "contrário a judeus, gays, aborto, tributação e a União Europeia" e é liderado por Slawomir Mentzen.
Em comunicado publicado pela Fifa, Marciniak pediu desculpas pela presença no evento.
"Quero expressar minhas mais profundas desculpas pelo meu envolvimento no evento 'Everest' e qualquer aflição ou dano que posso ter causado. Fui gravemente enganado e completamente inconsciente da verdadeira natureza e afiliações do evento em questão. Eu não sabia que estava associado a um movimento polonês de extrema-direita. Se eu soubesse desse fato, teria recusado categoricamente o convite", afirmou e complementou.
"É importante entender que os valores promovidos pelo movimento são contrários às minhas crenças pessoais e aos princípios que busco defender em minha vida. Estou profundamente arrependido por qualquer percepção de contradição. Além disso, condeno veementemente qualquer forma de ódio, discriminação ou intolerância, pois não há lugar no esporte ou na sociedade para isso".
A Uefa, apesar do ocorrido, manteve Marciniak como árbitro do duelo decisivo na Liga dos Campeões, que será realizado no Estádio Olímpico de Ataturk, em Istambul, na Turquia.
"Reconhecemos as desculpas e esclarecimentos do Sr. Marciniak em sua declaração. A Uefa procurou a 'Nevergain', uma ONG que levantou preocupações sobre o envolvimento de Marciniak no evento. Eles solicitaram que o polonês permanecesse no evento e que removê-lo prejudicaria a promoção da antidiscriminação".
O prestígio de Marciniak com a Uefa e a Fifa é alto. Ele foi o árbitro da final da última Copa do Mundo, no Catar, quando a Argentina bateu a França nos pênaltis após empate em 3 a 3 nos 120 minutos.
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