Publicado 19/06/2023 17:53
A seleção da Nova Zelândia decidiu abandonar o amistoso com o Catar nesta segunda-feira (19), no Sonnenseestadion, em Ritzing, na Áustria, alegando que o zagueiro Michael Boxall foi vítima de racismo por parte do meia rival Yousuf Abdurisag.
"Michael Boxall foi racialmente abusado durante o primeiro tempo do jogo por um jogador catari. Nenhuma ação oficial foi tomada, então o time concordou em não voltar para o segundo tempo da partida", divulgou a seleção neozelandesa, em suas redes sociais.
O teor do comentário faria referência às origens de Boxall, que é descendente de família samoana. O neozelandês atua no Minnesota United, dos Estados Unidos, clube que disputa a Major League Soccer (MLS).
Como nem arbitragem ou organizadores do amistoso agiram após o caso, mesmo vencendo pelo placar de 1 a 0 com gol marcado pelo meia Marko Stamenic, a Nova Zelândia optou por completar a primeira etapa, mas não retornar do intervalo.
Em entrevista ao "Alkass Channel", o técnico português da seleção catari, Carlos Queiroz, cobrou investigação por parte da Fifa. Para ele, a Nova Zelândia agiu de forma precipitada sem ouvir lados da história.
"O árbitro não foi ouvido, os técnicos não foram ouvidos. Foi só uma discussão entre dois jogadores. Acho que é uma nova história, um novo capítulo na história do futebol, que é, claro, algo que ninguém consegue entender. Vamos deixar que as autoridades do futebol decidam o que vai acontecer com esse amistoso. Acho que esse caso vai estar sob observação da Fifa, com certeza", disse.
"O árbitro não foi ouvido, os técnicos não foram ouvidos. Foi só uma discussão entre dois jogadores. Acho que é uma nova história, um novo capítulo na história do futebol, que é, claro, algo que ninguém consegue entender. Vamos deixar que as autoridades do futebol decidam o que vai acontecer com esse amistoso. Acho que esse caso vai estar sob observação da Fifa, com certeza", disse.
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