Daniel Alves e RobinhoAFP
Publicado 22/06/2023 11:40
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Rio - Ao conceder sua primeira entrevista desde que foi preso, em janeiro, por acusação de estupro, o lateral-direito Daniel Alves se mostrou irritado ao ser questionado se fugiria para o Brasil em caso de liberdade provisória para dificultar o processo na Espanha. O jogador não gostou do fato da jornalista Mayka Navarro, do jornal "La Vanguardia", ter usado o exemplo do caso Robinho.
"Alguém pode pensar que se eu tivesse a intenção de fugir teria me apresentado na Espanha? Ou teria viajado do México para o Brasil, onde a extradição é quase impossível? Eu não sou o Robinho, sou o Daniel Alves. Saí de casa com 14 anos e desde então busco minha vida e resolvo todos os meus problemas sozinho. Em casa, meus pais me ensinaram alguns princípios e valores que me guiaram em minha vida. E entre esses valores está nunca agir com violência", afirmou, e emendou com um recado ao ex-jogador do Santos.
Robinho foi condenado a nove anos de prisão por estupro coletivo na Itália. No entanto, como está no Brasil, o ex-jogador jamais cumpriu pena. O ex-atacante do Santos ainda corre risco de ser preso em seu país natal, porém, isso depende de um acerto entre a Justiça do Brasil e a do país europeu.
"Sempre mostre a cara. Não fuja. É por isso que não entendo por que não recebo a liberação provisória devido ao risco de fuga. Enfrento tudo de frente, de cabeça muito erguida. Não pretendo fugir das minhas responsabilidades”, pontuou.
Entenda o caso
Preso acusado de estupro, Daniel Alves deverá julgado entre outubro e novembro deste ano. O brasileiro já entrou com três recursos para responder em liberdade à suspeita de estupro. A Justiça espanhola negou todas as solicitações entendendo que ele poderia deixar o país e voltar ao Brasil, como aconteceu com Robinho na Itália, pelo mesmo motivo.

Durante o período preso, Daniel já ofereceu diversas versões sobre o que teria acontecido naquela noite. Já comentou que não conhecia a mulher, depois disse que não havia tido ato sexual e, agora, por fim, alega que tudo foi consensual. As divergências em seu depoimento, segundo ele, foram para proteger seu casamento. Mas foram essas diferentes versões que fizeram com que sua prisão preventiva fosse efetuada.
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