Luis Rubiales deu um beijo não consentido em Jenni HermosoGABRIEL BOUYS / AFP
Publicado 10/09/2023 20:14
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Espanha - Neste domingo, 10, Luis Rubiales renunciou ao cargo de presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF). Em carta, ele confirmou que também renunciou à vice-presidência da Uefa. A decisão de Rubiales vem três semanas depois do beijo não consentido dado em Jenni Hermoso, durante a cerimônia de premiação da Copa do Mundo Feminina 2023.
Vale lembrar que a Fifa já havia suspendido Rubiales do cargo de presidente da RFEF por 90 dias. Desde então, a entidade é comandada interinamente por Pedro Rocha.
"Após a rápida suspensão realizada pela FIFA, além dos demais procedimentos abertos contra mim, é evidente que não poderei retornar ao meu cargo. Insistir em esperar e agarrar-se a isso não vai contribuir com nada de positivo, nem para a Federação nem para o futebol espanhol. Entre outras coisas, porque existem poderes de fato que impedirão a minha volta", diz um trecho da carta de Rubiales.
Vale lembrar que, na última terça-feira, Jenni Hermoso se reuniu com representantes do Ministério Público da Espanha e formalizou uma denúncia contra Rubiales. Já na sexta, o MP abriu uma ação contra ele por agressão sexual e coerção. A acusação de coerção, aliás, se deu por causa da conduta do ex-presidente após o episódio do beijo (clique aqui e saiba mais). 
LEIA A CARTA DE RUBIALES
Hoje, às 21h30, transmiti ao presidente em exercício Pedro Rocha a minha renúncia ao cargo de presidente da RFEF. Informei também que fiz o mesmo com o meu cargo na UEFA para que o meu cargo na vice-presidência possa ser substituído. Após a rápida suspensão realizada pela FIFA, além dos demais procedimentos abertos contra mim, é evidente que não poderei retornar ao meu cargo.

Insistir em esperar e agarrar-se a isso não vai contribuir com nada de positivo, nem para a Federação nem para o futebol espanhol. Entre outras coisas, porque existem poderes de fato que impedirão a minha volta.

Aí está a gestão da minha equipe e, acima de tudo, a felicidade que tenho pelo enorme privilégio destes mais de cinco anos à frente da RFEF.

Não quero que o futebol espanhol seja prejudicado por toda esta campanha desproporcional e, acima de tudo, tomo esta decisão depois de ter a certeza de que a minha saída contribuirá para a estabilidade que permitirá à Europa e à África permanecerem unidas no sonho de 2030 ., que permitirá trazer ao nosso país o maior evento do mundo.

Devo olhar para frente, olhar para o futuro. Agora há algo que me ocupa firmemente. Tenho fé na verdade e farei tudo o que estiver ao meu alcance para que ela prevaleça. Minhas filhas, minha família e as pessoas que me amam sofreram os efeitos de perseguições excessivas, bem como de muitas falsidades, mas também é verdade que nas ruas, cada dia mais, a verdade prevalece. Daqui transmito a todos os trabalhadores, deputados, federações e gente do futebol em geral, um grande abraço, desejando-lhes muitas felicidades.
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