Ex-treinador do PSG nega ter comedido racismo e xenofobia: 'Muito difícil suportar tudo isso'

França - O treinador Christophe Galtier comandou o PSG na última temporada. Apesar de ter conquistado o título do Campeonato Francês, sua passagem foi marcada por um baixo rendimento da equipe, e também por uma denúncia de racismo e xenofobia. O técnico, de 57 anos, abordou as acusações e se defendeu.

"Não falei antes por que se trata de um caso que esteve sob uma avalanche midiática a respeito de temas muito delicados. É muito difícil suportar tudo isso, até por que é algo injusto", afirmou em entrevista à emissora francesa "Canal +".

Apesar da situação ter repercutido somente no fim da última temporada, as acusações sobre Galtier não tem relação com sua passagem pelo PSG. Julien Fournier, ex-diretor do Nice, denunciou Galtier e John Valovic, filho do treinador, acusando-os de reclamar da quantidade de atletas negros e muçulmanos que tinha no clube, alegando que "os jogadores não correspondiam com a realidade da cidade na qual estava localizada a equipe". 

"É falso, absolutamente falso. As pessoas do futebol que me conhecem sabem, os atletas me conhecem, os técnicos me conhecem, sabem quem eu sou", reafirmou o técnico.

A denúncia foi encaminhada por Fournier à RMC Sport, da França, que repercutiu o fato. Galtier e Valovic ficaram sob custódia da polícia e teve o caso investigado pelo Ministério Público francês. Xavier Bonhomme, promotor do tribunal judicial de Nice, acatou à denúncia e deu sequência ao caso. Galtier e Valovic serão julgados no dia 15 de dezembro. Caso sejam apontados como culpados, ambos receberão uma sentença de três anos de prisão e multa de 45 mil euros (R$ 235 mil).