Veja o que o Brasil precisa no Pré-Olímpico de vôlei para se classificar aos Jogos de Paris

Rio - A derrota para a Alemanha na última terça-feira (3) complicou a vida do Brasil no Pré-Olímpico de vôlei. A Seleção está em quarto lugar no grupo A, com cinco pontos. À frente, Itália e Alemanha, invictos, somam nove e, Cuba, seis. Somente as duas melhores seleções garantem um lugar nos Jogos de Paris. Para buscar a classificação, a equipe verde e amarela terá vencer seus compromissos, e secar seus rivais.  

"É uma derrota dura, ainda mais para a Alemanha, uma das equipes que estavam invictas. Mas ainda depende da gente. Ainda temos alguns jogos importantes pela frente. A Alemanha está de parabéns pelo que jogou, realmente impressionante. E a gente sofreu", disse Renan, técnico da seleção brasileira.

O Brasil precisa vencer todos os últimos quatro jogos. O problema é que, como perdeu um ponto ao vencer a República Tcheca por 3 sets a 2, a seleção já leva desvantagem em um possível critério de desempate. Assim, além de vencer bem os duelos restantes, vai ter de secar os rivais que estão acima na tabela.

Alemanha e Itália, líder e vice-líder do Grupo A, se enfrentam nesta quarta, às 13h30. Pela matemática, o melhor para o Brasil seria uma vitória alemã. Assim, se vencesse todos os seus jogos até lá, a seleção chegaria à rodada final, no domingo, em um confronto direto com os italianos. Ainda assim, seria importante que os rivais tropeçassem. E em caso de vitória da Itália, os brasileiros teriam que torcer por um novo tropeço dos alemães, que ainda terão República Tcheca, Catar e Ucrânia pela frente.

Outra possibilidade para o Brasil seria a classificação pelo ranking da FIVB, em caso de eliminação no Pré-Olíimpico. Se não conseguir a vaga direta para Paris, os brasileiros precisam torcer por uma classificação da Argentina, que está em terceiro lugar no grupo C, disputado na China. 

Atualmente, o Brasil ocupa a quarta posição no ranking e, a Argentina, a sexta. Na lista, cada confronto conta para a pontuação. Assim, com a derrota para os alemães, a seleção perdeu 12,23 pontos no somatório, o que aproximou ainda mais os brasileiros dos argentinos.

"Tem a questão do ranking também. Sabemos que, contra times que quase nunca perdemos, perdemos muitos pontos. Vimos os últimos resultados. A gente sabe que o ranking é cruel. Contra a Ucrânia, que é uma grande equipe, se a gente perde, além de atrapalhar a classificação aqui, perde pontos no ranking. A gente tem de pensar em tudo isso. Mas o que a gente precisa pensar mesmo é em fazer o nosso melhor porque somos capazes", declarou Lucarelli, jogador da seleção brasileira.

Pelo ranking mundial, são cinco vagas disponíveis. A distribuição, porém, prioriza países de continentes ainda sem representantes. Com isso, se Brasil e Argentina não se classificarem pelo Pré-Olímpico, serão rivais diretos na briga por um lugar nos Jogos de Paris. O fechamento da lista só acontece após a Liga das Nações do ano que vem. 

O próximo compromisso da seleção brasileira no Pré-Olímpico será nesta quarta-feira (4), contra a Ucrânia, às 20h30. O Brasil é o quarto colocado, com cinco pontos e, os ucranianos, ocupam a sexta posição, com três.