Bernie Ecclestone, ex-chefe da Fórmula 1Divulgação/Ferrari
Publicado 12/10/2023 14:28 | Atualizado 13/10/2023 10:24
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O ex-chefão da Fórmula 1 entre 1978 e 2017, Bernie Ecclestone, foi condenado a 17 meses de prisão e ao pagamento de 652,6 milhões de libras (cerca de R$ 4 bilhões) em compensação a 18 anos de impostos no Reino Unido. O bilionário de 92 anos se declarou culpado, mas não terá que cumprir a pena em regime fechado por conta de sua idade avançada.
Ecclestone é acusado de não declarar impostos que chegariam a 400 milhões de libras ou R$ 2,4 bilhões para o órgão estatal da Receita e Alfândega de Sua Majestade. Os valores eram mantidos em um contas em Singapura.
"A intenção do Sr. Ecclestone não era evitar o pagamento de impostos. Ele sempre esteve disposto a pagar os impostos devidos. Sua resposta foi um lapso impulsivo de julgamento, ele agora está com saúde frágil e o processo está causando 'imenso estresse para ele e para aqueles que o amam'", declarou Christine Montgomery, advogada do ex-chefão da Fórmula 1.
Entretanto, o promotor do caso, Richard Wright, revelou que Ecclestone negou a existência de contas fora do país durante depoimento em 2015. Os fatos mostrados na investigação de 2023 contradizem os fatos relatados pelo ex-dirigente.
"O Sr. Ecclestone sabia que sua resposta poderia ter sido falsa ou enganosa. O Sr. Ecclestone não estava totalmente esclarecido sobre como a titularidade das contas em questão estava estruturada. Portanto, ele não sabia se era responsável por impostos, juros ou multas em relação aos valores que transitavam pelas contas", afirmou Wright.
"O Sr. Ecclestone reconhece que agiu errado ao responder às perguntas feitas, pois corria o risco de que o Ministério da Fazenda não prosseguisse com a investigação de seus negócios. Ele agora aceita que algum imposto é exigível em relação a essas questões", complementou.
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