Publicado 07/11/2023 18:51
Está previsto para ocorrer neste mês o julgamento do lateral-direito Daniel Alves, preso desde o dia 20 de janeiro sob a acusação de estuprar uma mulher de 23 anos na boate Sutton, na Espanha, no dia 30 de dezembro. O jogador de 40 anos está detido no Centro Penitenciário Brians 2, em Barcelona.
Desde o período em que está recluso, o brasileiro mudou o seu depoimento por mais de uma vez, trocou de advogado de defesa e teve negado recursos para responder à acusação em liberdade. Além disso, ele entrou em um processo de divórcio com a modelo e empresária espanhola Joana Sanz, que acabou não sendo levado adiante. Daniel Alves negou inicialmente a agressão sexual e alegou ser inocente.
O caso veio à tona quando o diário espanhol ABC noticiou no dia 31 de dezembro de 2022 que Daniel, que servia a seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar semanas antes, havia violentado sexualmente uma mulher em uma casa noturna e Barcelona. A equipe de segurança da casa acionou a polícia catalã, que colheu o depoimento da vítima, também registrado nas câmeras utilizadas nas fardas dos agentes.
A Justiça espanhola aceitou a denúncia do Ministério Público no dia 10 de janeiro e passou a investigar o brasileiro. Saiba tudo sobre o caso que pode levar o jogador brasileiro a cumprir pena na cadeia.
ONDE JOGAVA DANIEL ALVES ANTES DE SER PRESO
Daniel Alves defendia o Pumas, do México, quando o caso estourou Ele havia acabado de participar da Copa do Mundo do Catar, sob o comando de Tite. Quando o clube mexicano soube do caso, rompeu o contrato do jogador.
COMO DANIEL FOI PRESO
Acompanhado de Joana Sanz, sua mulher, ele viajou a Barcelona após as acusações e prestou depoimento à Justiça de forma voluntária, sem a presença de advogados. A juíza Maria Concepción Canton Martín decretou a prisão de Daniel Alves baseada nas inconsistências das versões apresentadas pelo brasileiro, além da possibilidade de fuga da Espanha - semelhante ao que impossibilitou a prisão de Robinho na Itália. Desde então, ele permanece preso. Isso foi em 20 de janeiro.
ELE CONTOU VERSÕES DIFERENTES
Nas contradições de seus depoimentos, Daniel Alves chegou a dizer que não conhecia a mulher que o acusava de estupro. Depois, ele revelou que houve relação sexual com ela, mas de forma consensual. Ele voltou a depor na Justiça espanhola em abril e disse ter mudado as versões para tentar esconder a infidelidade de Joana Sanz, que chegou a entrar em processo de divórcio meses após a prisão, mas desistiu da separação em outubro.
A JUSTIÇA TEM PROVAS DA RELAÇÃO SEXUAL
Resultados do Instituto Nacional de Toxicologia e Ciências Forenses de Barcelona apontaram que os restos de sêmen coletados das amostras intravaginais da denunciante são do jogador, assim como o material encontrado no chão do banheiro da boate, onde eles estiveram juntos.
O QUE ALEGOU A DEFESA
A primeira advogada a defender Daniel Alves foi Miraida Pontes Wilson, e logo ela ganhou a companhia de Cristóbal Martell, um dos advogados de maior prestígio da Espanha, responsável por atender empresários e políticos importantes, além de Lionel Messi e do próprio Barcelona. No período em que esteve à frente da defesa de Daniel Alves, Martell apostou no argumento de que a denunciante foi atrás do jogador no banheiro da boate e flertou com o atleta momentos antes.
PEDIDOS DE LIBERDADE
Sob a defesa de Martell e Miraida, Daniel Alves apresentou três recursos à Justiça espanhola para responder às acusações em liberdade. Ele chegou a alegar que o risco de fuga da Espanha era inexistente, citando o fato de ter levado para o país europeu a primeira mulher e parceira de negócios, Dinorah Santana, e os filhos que teve com ela - as crianças foram matriculadas em uma instituição de ensino de Barcelona. Ainda assim, os juízes não acataram os pedidos e o jogador continuou preso.
VIDA NA PRISÃO
Segundo informações do programa "Fiesta", do canal espanhol Telecinco, um interno de Brians 2 revelou que o jogador brasileiro era chamado de "estuprador" e costumava ser intimidado nos momentos em que dividia espaço com outros presidiários, como nas partidas de futebol e no refeitório. O homem revelou ainda que Daniel Alves estava mais magro e abatido desde que chegou à prisão. Segundo ele, o brasileiro tinha privilégios na cadeia, mas não especificou quais eram. Disse ainda que o atleta passa a maior parte do tempo isolado em seu módulo e nega que tenha agredido sexualmente a jovem de 23 anos que o acusa.
COMO É A PRISÃO
O Brians 2 é conhecido por abrigar empresários, políticos e ex-policiais e possui um departamento de prisão provisória, onde está o brasileiro. O local já abrigou figuras importantes, como o ex-presidente do Barcelona, Sandro Rosell. A imprensa espanhola divulgou anteriormente que Daniel Alves dividIA a cela com outro brasileiro, chamado Coutinho.
PRESTÍGIO DO JOGADOR
A presença do atleta também movimenta um esquema da venda de camisas do Barcelona autografadas pelo brasileiro. Tricampeão da Liga dos Campeões pelo clube, as peças são trocadas por maços de cigarros. Daniel não fuma, mas usa os cigarros para conseguir 'favores'. Segundo o site espanhol El Caso, funcionários da Brians 2 notaram a entrada de uma grande quantidade de camisas do Barcelona na penitenciária. As peças seriam para um preso que tem permissão para circular em diferentes módulos do complexo.
QUE FIM LEVARÁ DANIEL ALVES?
Daniel Alves trocou de advogado em outubro. Está agora com Inés Guardiola, profissional com experiência em crimes sexuais. Ela assumiu o lugar de Cristóbal Martell. O desejo de mais uma troca em sua defesa partiu da vontade do próprio jogador e de pessoas próximas a ele. No mesmo mês, o portal El Español afirmou que Daniel Alves estuda assumir pela primeira vez que cometeu a agressão sexual. Em troca, ele faria um ressarcimento econômico à vítima.
Em outubro de 2022, o Código Penal da Espanha foi alterado com a adição de uma nova lei, a qual prevê que crimes sexuais devem ser tipificados de acordo com o consentimento da vítima. Chamada de "Só sim é sim", a lei passou a considerar que todos os atos sexuais não consensuais passaram a ser de violência. A prisão do jogador está mantida até o fim do julgamento.
QUAL É O PRAZO DE PRISÃO SE ELE FOR CONDENADO
De acordo com o jornal El Mundo, Daniel Alves poderá ser condenado a uma pena de oito a dez anos de prisão. No início de fevereiro, oito testemunhas, que estiveram presentes na madrugada em que o caso teria ocorrido, prestaram depoimento na Justiça espanhola: uma amiga e a prima da denunciante; dois garçons da área VIP da Sutton; o porteiro da casa noturna; o diretor da boate, responsável por acionar o protocolo contra agressão sexual e chamar os Mossos d’Esquadra (polícia catalã); e outras duas pessoas que estavam na discoteca na noite do ocorrido.
Sabendo de que as chances de Daniel ser absolvido são mínimas, a defesa do jogador se valeu de uma brecha jurídica na legislação penal da Espanha para reduzir a pena do atleta. Foram pagos à Justiça 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil) como indenização por "atenuante de reparação de dano causado". Isso reduziria a pena pela metade.
Daniel Alves defendia o Pumas, do México, quando o caso estourou Ele havia acabado de participar da Copa do Mundo do Catar, sob o comando de Tite. Quando o clube mexicano soube do caso, rompeu o contrato do jogador.
COMO DANIEL FOI PRESO
Acompanhado de Joana Sanz, sua mulher, ele viajou a Barcelona após as acusações e prestou depoimento à Justiça de forma voluntária, sem a presença de advogados. A juíza Maria Concepción Canton Martín decretou a prisão de Daniel Alves baseada nas inconsistências das versões apresentadas pelo brasileiro, além da possibilidade de fuga da Espanha - semelhante ao que impossibilitou a prisão de Robinho na Itália. Desde então, ele permanece preso. Isso foi em 20 de janeiro.
ELE CONTOU VERSÕES DIFERENTES
Nas contradições de seus depoimentos, Daniel Alves chegou a dizer que não conhecia a mulher que o acusava de estupro. Depois, ele revelou que houve relação sexual com ela, mas de forma consensual. Ele voltou a depor na Justiça espanhola em abril e disse ter mudado as versões para tentar esconder a infidelidade de Joana Sanz, que chegou a entrar em processo de divórcio meses após a prisão, mas desistiu da separação em outubro.
A JUSTIÇA TEM PROVAS DA RELAÇÃO SEXUAL
Resultados do Instituto Nacional de Toxicologia e Ciências Forenses de Barcelona apontaram que os restos de sêmen coletados das amostras intravaginais da denunciante são do jogador, assim como o material encontrado no chão do banheiro da boate, onde eles estiveram juntos.
O QUE ALEGOU A DEFESA
A primeira advogada a defender Daniel Alves foi Miraida Pontes Wilson, e logo ela ganhou a companhia de Cristóbal Martell, um dos advogados de maior prestígio da Espanha, responsável por atender empresários e políticos importantes, além de Lionel Messi e do próprio Barcelona. No período em que esteve à frente da defesa de Daniel Alves, Martell apostou no argumento de que a denunciante foi atrás do jogador no banheiro da boate e flertou com o atleta momentos antes.
PEDIDOS DE LIBERDADE
Sob a defesa de Martell e Miraida, Daniel Alves apresentou três recursos à Justiça espanhola para responder às acusações em liberdade. Ele chegou a alegar que o risco de fuga da Espanha era inexistente, citando o fato de ter levado para o país europeu a primeira mulher e parceira de negócios, Dinorah Santana, e os filhos que teve com ela - as crianças foram matriculadas em uma instituição de ensino de Barcelona. Ainda assim, os juízes não acataram os pedidos e o jogador continuou preso.
VIDA NA PRISÃO
Segundo informações do programa "Fiesta", do canal espanhol Telecinco, um interno de Brians 2 revelou que o jogador brasileiro era chamado de "estuprador" e costumava ser intimidado nos momentos em que dividia espaço com outros presidiários, como nas partidas de futebol e no refeitório. O homem revelou ainda que Daniel Alves estava mais magro e abatido desde que chegou à prisão. Segundo ele, o brasileiro tinha privilégios na cadeia, mas não especificou quais eram. Disse ainda que o atleta passa a maior parte do tempo isolado em seu módulo e nega que tenha agredido sexualmente a jovem de 23 anos que o acusa.
COMO É A PRISÃO
O Brians 2 é conhecido por abrigar empresários, políticos e ex-policiais e possui um departamento de prisão provisória, onde está o brasileiro. O local já abrigou figuras importantes, como o ex-presidente do Barcelona, Sandro Rosell. A imprensa espanhola divulgou anteriormente que Daniel Alves dividIA a cela com outro brasileiro, chamado Coutinho.
PRESTÍGIO DO JOGADOR
A presença do atleta também movimenta um esquema da venda de camisas do Barcelona autografadas pelo brasileiro. Tricampeão da Liga dos Campeões pelo clube, as peças são trocadas por maços de cigarros. Daniel não fuma, mas usa os cigarros para conseguir 'favores'. Segundo o site espanhol El Caso, funcionários da Brians 2 notaram a entrada de uma grande quantidade de camisas do Barcelona na penitenciária. As peças seriam para um preso que tem permissão para circular em diferentes módulos do complexo.
QUE FIM LEVARÁ DANIEL ALVES?
Daniel Alves trocou de advogado em outubro. Está agora com Inés Guardiola, profissional com experiência em crimes sexuais. Ela assumiu o lugar de Cristóbal Martell. O desejo de mais uma troca em sua defesa partiu da vontade do próprio jogador e de pessoas próximas a ele. No mesmo mês, o portal El Español afirmou que Daniel Alves estuda assumir pela primeira vez que cometeu a agressão sexual. Em troca, ele faria um ressarcimento econômico à vítima.
Em outubro de 2022, o Código Penal da Espanha foi alterado com a adição de uma nova lei, a qual prevê que crimes sexuais devem ser tipificados de acordo com o consentimento da vítima. Chamada de "Só sim é sim", a lei passou a considerar que todos os atos sexuais não consensuais passaram a ser de violência. A prisão do jogador está mantida até o fim do julgamento.
QUAL É O PRAZO DE PRISÃO SE ELE FOR CONDENADO
De acordo com o jornal El Mundo, Daniel Alves poderá ser condenado a uma pena de oito a dez anos de prisão. No início de fevereiro, oito testemunhas, que estiveram presentes na madrugada em que o caso teria ocorrido, prestaram depoimento na Justiça espanhola: uma amiga e a prima da denunciante; dois garçons da área VIP da Sutton; o porteiro da casa noturna; o diretor da boate, responsável por acionar o protocolo contra agressão sexual e chamar os Mossos d’Esquadra (polícia catalã); e outras duas pessoas que estavam na discoteca na noite do ocorrido.
Sabendo de que as chances de Daniel ser absolvido são mínimas, a defesa do jogador se valeu de uma brecha jurídica na legislação penal da Espanha para reduzir a pena do atleta. Foram pagos à Justiça 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil) como indenização por "atenuante de reparação de dano causado". Isso reduziria a pena pela metade.
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