Publicado 17/11/2023 16:07
O atacante Paulinho, do Atlético-MG, foi alvo de intolerância religiosa nas redes sociais após fazer sua estreia pela seleção brasileira na derrota para a Colômbia na última quinta-feira (16) pelo placar de 2 a 1. O ponta, revelado pelas categorias de base do Vasco, é praticante do Candomblé.
"Se macumba funcionasse, Bahia seria rica", "Cadê seu Exu agora, Paulinho?", "Foi só esse macumbeiro vagabundo, desperdiçador de farofa entrar que tomamos a virada". Esses foram alguns dos comentários preconceituosos proferidos para Paulinho após a derrota da seleção brasileira. Em entrevista coletiva após sua convocação, o ponta do Atlético-MG afirmou lidar com esses problemas com constância.
"Os comentários negativos sempre têm nas minhas redes sociais, mas não é algo que eu fico me apegando. Quem quiser continuar mandando energias ruins para mim, a mim não vai afetar, eu sigo blindado e focado naquilo que eu quero", abordou Paulinho.
"Mas é algo que eu sempre vou estar lutando, usando meu nome e o meu poder de fala para estar lutando contra esse tipo de preconceito que não tem cabimento nos dias de hoje", complementou.
"Mas é algo que eu sempre vou estar lutando, usando meu nome e o meu poder de fala para estar lutando contra esse tipo de preconceito que não tem cabimento nos dias de hoje", complementou.
Após o episódio, o Atlético-MG e o Vasco emitiram comunicados repudiando as falas preconceituosas, afirmando que tais ações são crimes e desejando solidariedade a Paulinho. A CBF ainda não se pronunciou sobre o tema.
"A intolerância religiosa é crime e deve ser combatida por todos. O Galo repudia veementemente os ataques destinados ao nosso atleta Paulinho, nas redes sociais, durante a partida da Seleção Brasileira. Força, Paulinho. Que sua fé te proteja da maldade alheia!", escreveu o Atlético-MG.
"O Vasco da Gama repudia veementemente a intolerância religiosa sofrida pelo atacante da Seleção Brasileira, Paulinho, e presta pronto apoio ao cria da #BaseForte. Ressaltamos a importância do respeito a todas as religiões e credos. O preconceito deve ser combatido em prol de uma sociedade plural, para que cada indivíduo possa, em paz, expressar a sua fé.", comunicou o Vasco.
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