Publicado 02/01/2024 16:55
França - Na reta final de preparação para sediar os Jogos Olímpicos de 2024, a Polícia de Paris, Ministério do Interior e Comitê Organizador trabalham juntos em um grande esquema em meio à ameaças de ataques terroristas na cerimônia de abertura do evento. A expectativa é 40 mil agentes de segurança no primeiro dia de competição.
Esta será a primeira vez em toda a história dos Jogos em que o palco de abertura não será um estádio. O rio Sena foi escolhido pelo comitê local visando ir além dos ingressos pagos na estrutura montada, o que preocupa o governo da França devido à guerra entre Israel e o grupo Hamas.
O diretor de segurança do comitê, Bruno Le Ray, explicou a divisão entre estado e Comitê Organizador para amenizar os riscos de atentados.
"A segurança da cerimônia de abertura vai acontecer exatamente da forma de um estádio, como se fosse um estádio gigante e super longo dentro desse percurso de quase 7km. O comitê local é responsável pela segurança dos locais de competição e dos perímetros de responsabilidade de Paris 2024, como a Vila dos atletas e hotéis que são exclusivos para os Jogos", disse, em entrevista ao site "ge".
"Claro que o acontece dentro das áreas de competição é coordenado com o Estado para a segurança fora da área de competição .O Estado assume a responsabilidade integral do que eu chamaria de "terceira dimensão" como por exemplo ataque de drone, ou a segurança na área marítima, por exemplo, para as provas em Marselha (vela)", completou.
Para a cerimônia de abertura, o esquema de segurança foi dividido por perímetros. O Comitê local ficará responsável pela parte inferior do cais, onde ficarão os espectadores que compraram os bilhetes, enquanto o estado cuidará da área superior e de todo o rio Sena.
De acordo com o Ministério do Interior do país, são esperados 40 mil agentes de segurança, entre policiais e militares, no dia 26 de julho para a festa de início dos Jogos, sendo quatro a cada 100 metros da área definida. Nos dias de competições, a segurança contará com até 22 mil profissionais de empresas privadas.
"É um desafio jamais visto pelo país e o esquema de segurança será adaptado até o último momento para reduzir ao máximo as ameaças. O terrorismo é a principal ameaça para os jogos e por isso é preciso tomar providencias com antecedência para não deixar nada ao acaso. Os perímetros de segurança e a fiscalização serão fundamentais", afirmou Camile Cheize, porta-voz do Ministério do Interior da França.
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