Escobar foi um dos seis jogadores feridos no ataque a ônibus do Fortaleza por torcedores do SportMateus Lotif / Fortaleza
Publicado 22/02/2024 11:59 | Atualizado 22/02/2024 12:00
Diante da barbárie, o Fortaleza está disposto a dar um passo importante contra a violência no futebol. O CEO da SAF, Marcelo Paz, e o jogador Tinga falaram abertamente em não jogar as próximas partidas após o ônibus da delegação ser atacado por pedras e uma bomba arremessados por torcedores do Sport, em Recife, com seis jogadores feridos na noite de quarta-feira (21).
"O Fortaleza está colocando oficialmente que só quer voltar a jogar quando seus seis jogadores estiverem curados do que aconteceu, e também que os agressores estejam punidos. Esse é o nosso desejo", afirmou o dirigente.
"Nosso time está decidido a não jogar, vamos esperar todo mundo se recuperar, é uma covardia o que fizeram com a gente. Precisa punir, o Sport precisa punir a torcida organizada. A violência está chegando a um ponto que só vai melhorar quando acontecer uma fatalidade. Temos que punir para que não aconteça", desabafou Tinga.
As declarações foram dadas no desembarque da delegação em Fortaleza. Titi, Brítez, João Ricardo, Lucas Sasha, Dudu e Escobar, que foram feridos e presicaram ir ao hospital, também retornaram, com curativos no corpo.
No ataque que ocorreu nos arredores da Arena Pernambuco, após Sport e Fortaleza empatarem em 1 a 1. João Ricardo levou seis pontos na cabeça, enquanto Escobar, 13, e ainda sofreu um trauma cranioencefálico.

Fortaleza quer punição

Marcelo Paz ainda pediu que os cada vez mais frequentes casos de ataques ônibus onde estão os jogadores, passem a ser tratados com punições rigorosas. E também deseja uma discussão mais ampla sobre a violência no futebol.
"Precisamos ter coragem de debater, discutir e enfrentar de verdade, punir. Tem muita gente que não agrega em nada, vai para roubar, para brigar, depredar patrimônio e estamos fechando os olhos para isso. Tem que punir, tem que ter uma reação de verdade, não nota de repudio. Se uma pessoa normal jogasse uma bomba em um ônibus, ela seria presa. Por que um bandido faz isso com um time de futebol e não é preso?", afirmou o CEO do Fortaleza.
A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, prometeu punir os responsáveis pelo ataque: "Trabalharemos para buscar e punir os culpados. As pessoas responsáveis por esse ato não são torcedores, são criminosos. É lamentável e será apurado com todo vigor. Como torcedora e pernambucana, fico triste e envergonhada".
Na esfera esportivo, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) não deve punir o Sport, pois o ataque dos torcedores aconteceu numa via pública em região mais distante do estádio. 
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